As Virgens Suicidas, de Jeffrey Eugenides
Companhia das Letras - 231 páginas
Uma história vívida e perturbadora que prende o leitor da primeira à última página.
Título: As Virgens Suicidas
Título Original: The Virgin Suicides
Autor: Jeffrey Eugenides
Tradutor: Daniel Pellizzari
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 978-85-359-2219-6
Ano da Edição: 2013
Ano Original de Lançamento: 1993
Nº de Páginas: 231
Comprar Online:
Inglês: Amazon / Book Depository
Português: Amazon / Cultura / Saraiva / Submarino
Título Original: The Virgin Suicides
Autor: Jeffrey Eugenides
Tradutor: Daniel Pellizzari
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 978-85-359-2219-6
Ano da Edição: 2013
Ano Original de Lançamento: 1993
Nº de Páginas: 231
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Sinopse:
As irmãs Lisbon moraram naquela vizinhança desde muito novas. As cinco garotas, Cecilia, Lux, Bonnie, Mary e Therese eram muito unidas e frequentemente seus rostos até mesmo se confundiam na cabeça daqueles que não as conheciam tão bem.
Mas as irmãs Lisbon passaram a fazer parte do imaginário popular pela tragédia que acometeu a família delas: as cinco se mataram. E tudo começou com a morte de Cecilia, com apenas treze anos, que foi seguida por suas irmãs no ano seguinte.
O que eu achei do livro:
Muito bom!
Jeffrey Eugenides definitivamente me conquistou com sua narrativa dinâmica, bem detalhista, original e envolvente. Com uma história super diferente, o autor me ganhou logo nas primeiras páginas e As Virgens Suicidas foi uma leitura extremamente agradável.
No início do livro, eu pensei que a narrativa estava sendo feita por um personagem, que iria se identificar ao longo da trama. Então fiquei bastante surpresa quando continuei lendo e percebi que tudo estava sempre na primeira pessoa, mas no plural! É como se o livro estivesse sendo contado por todos os garotos da vizinhança das Lisbon. Eu não me lembro de ter lido algum outro livro com uma narrativa dessa forma - achei muito bacana mesmo.
Durante os acontecimentos, os garotos são citados e suas participações na história vão ficando claras, mas não fica claro se existem outros meninos além daqueles cujos nomes são especificados na trama.
O tempo todo, entretanto, é como se o leitor fosse um dos meninos do grupo - já adultos enquanto contam -, que escuta a história. A maneira como o autor recheia a trama de detalhes, aparentemente pequenos e inúteis mas que no fundo conseguem criar toda a ambientação do livro e servem para dar ao leitor a exata percepção da aura que envolvia as meninas, é perfeita.
As irmãs Lisbon são as protagonistas, mas são caracterizadas de uma forma bem diferente, embora muito intensa. O que se sabe sobre elas é o que o grupo de garotos sabe. Conhecemos as irmãs pela ótica de um bando de moleques que tinham fascinação por elas, mas ao mesmo tempo um pouco de medo.
É muita conjectura, algumas histórias entreouvidas, alguns claros exageros, muita coisa que já se tornou parte da lenda das Lisbon, muita coisa que provavelmente está correta e outras tantas que não parecem tão acuradas.
Achei simplesmente incrível não saber ao certo o que se passava na mente das meninas.
A vida das irmãs também é mostrada ao leitor de forma incompleta. Sabemos muito sobre o que parece ser, a impressão que o casal Lisbon dá aos vizinhos e a imagem que os estranhos têm de suas filhas e da vida extremamente regrada, restritiva e isolada que eles levavam. Muito pouco, entretanto, sabe-se sobre o que realmente acontecia naquela casa.
Desde o início, o leitor já sabe o futuro negro que aguarda as irmãs. O livro começa a contar do ponto em que Cecilia tenta se matar e vai narrando a vida das irmãs até o final.
É difícil demais ler essa narrativa - porque já sabemos a tragédia que irá acometer a vida daquela família. E é praticamente impossível não julgar o quanto algumas atitudes poderiam ter mudado completamente o futuro caso tivessem sido um pouco diferentes.
Uma maneira brilhante, embora pouco convencional, de contar uma história. Um livro complexo, cujas entrelinhas estão repletas de achados para serem descortinados pelo leitor, que irá render boas horas de leitura!
Altamente recomendado.
Nota:
Parece ser bem interessante; Esse livro eu compraria só pela capa, sem nem ler a sinopse, kkk
ResponderExcluirAmei sua resenha e me despertou o interesse pela forma da escrita do autor.
Beijinhos!
Eu vi o filme a zilhões de anos atrás. Gostei dele esteticamente mas...foi isso. Falavam tanto da história na época e eu, honestamente, não achei nada demais. Acabei por nunca me interessar pelo livro, pra falar a verdade. E olha que isso é difícil de acontecer. Mas achei interessante isso de ponto de vista de primeira pessoa no plural. Deve ser uma leitura interessante, no mínimo.
ResponderExcluirbjs!
Oi, Nanie.
ResponderExcluirRecebi a indicação desse livro há uns dois anos, mas acabei me esquecendo dele. Sua resenha foi ótima e agora que me lembrei dele, vou procurar na livraria! rs...
beijos
Camila
Leninha, a história é bem bacana e bem diferente - vale a pena!
ResponderExcluirThaís, imagino que o filme deve ser interessante, mas certamente não há como passar a mesma atmosfera do livro.
ResponderExcluirPara começar, a gente nunca conhece de verdade as irmãs Lisbon - porque a narrativa é feita pelos garotos da vizinhança que mal as conhecem.
É um livro beeeem diferente e muito gostoso - a leitura vale a pena!
Camila, agora o livro está com uma tradução nova (e com uma capa muito mais bonita)! Aproveite a nova edição para conhecer a história, que é muito boa e muito interessante!
ResponderExcluirHá um tempo quero ler esse livro e já o tenho esperando na minha fila hehehe. Curti demais a narrativa do Eugenides em A Trama do Casamento, e tudo indica que vou adorar As Virgens Suicidas. Ainda mais porque gosto demais da adaptação cinematográfica da Sofia Coppola.
ResponderExcluirAdorei a resenha, fiquei ainda mais empolgada com a minha futura leitura.
Bjo, Livro Lab
Aline, eu nunca tinha lido nada do autor, mas gostei muito da experiência! Seria bacana poder ler outros livros dele :)
ResponderExcluirLeia sim, você vai gostar demais! Eu não vi o filme da Sofia Coppola (que até deve ser bom também), mas imagino que o livro é completamente diferente por causa de suas características que dificilmente conseguiriam ser adaptadas para o cinema e causar a mesma impressão que causam no livro!
Quero muuuuito ler esse livro.. Lembro do filme e de como eu gostei. Só não lembro do final (o que é bom, para ler).
ResponderExcluirGostei da questão do narrador plural, sob a ótica dos meninos. Beijos!
Luciana, o final do livro você já sabe desde o início, mas o que aconteceu até chegar no final é que é interessante. Uma leitura muito boa e bastante diferente!
ResponderExcluirEu acho que nunca leria um livro desses,sei lá, parece com a sinopse de um filme de suspense bem estranho
ResponderExcluirAriana, é bom demais! Vale a pena ler =)
ResponderExcluir(Claro que não vou contar \o/)
Eu esperei a beça por essa resenha. Kkk, tem um tempo que eu não vejo um livro 5 estrelas completas por aqui. Aaah Nanie, eu quero ler esse livro, mas tenho medo de ter alguma coisa imprópria e eu ficar cismada (isso acontece mais do que eu gosto, acredite), por isso quero perguntar se tem alguma coisa imprópria como drogas, sexo ou alguma coisa do tipo. Tem Nanie??
ResponderExcluirEssa coisa de ser narrado por meninos parece ser legal, eu fiquei bem curiosa na verdade, achei a capa bem legal tbm, só não sei se a história combina com ela...
Aaah, fico muito aliviada, sendo assim posso ler, você não sabe o drama que é pra saber se um livro tem algo inapropriado pra minha idade, eu sou a favor dos livros terem uma classificação indicativa porque senão fica muito difícil. Eu tenho 13 anos, 14 só ano que vem, tomara que esses 13 anos me tragam sorte, não sei se é um número azarado ou sortudo (liga não, eu sou muiito superticiosa!)
ResponderExcluirA começar pelo título do livro que é bem forte e a imagem da sapatilha "pendurada", dá para imaginar o quão denso esse livro é.
ResponderExcluirMas me tire uma dúvida. Quando comecei a ler o post (sinopse e resenha) eu tive a sensação de conhecer essa história. Com certeza não foi algo que tenha lido e sim que tenha visto. Não sei se filme, documentário, seriado, conto...enfim...mas eu me lembro nitidamente de cinco irmãs loiras, com idades próximas e que eram cobiçadas por todos os meninos, mas que por causa dos pais não podiam ter contato com eles, até que uma delas quebra a regra. Enfim...essa história me veio toda na cabeça...de onde tirei? Vai saber...rs.
Vanessa, o livro é bem diferente e muito denso sim. Ainda mais porque desde o início você sabe que a família Lisbon será destruída pelo suicídio não de apenas uma de suas filhas, mas de todas. Isso é trágico.
ResponderExcluirSim, tem um filme muito famoso, dirigido pela Sophie Copolla, mas eu ainda não vi. Provavelmente você assistiu ao filme :)
Ah! Então existe uma adaptação cinematográfica para esse livro. Sabia que não estava maluca...rs. Mas esse filme não é novo não, se não me engano vi quando era adolescente ou um pouco mais velha que isso.
ResponderExcluirSim, existe, Vanessa, e não é nova não, é de 1999! Aqui você pode ver um pouco mais sobre o filme ^^
ResponderExcluirTambém não me lembro de ler algum livro com essa característica de narração. Sair do "Eu" ou "Ele", e partir pra o "Nós" me soa estranho, mas interessante ao mesmo tempo. A história me parece bem macabra. Cinco irmãs, e as cinco se suicidarem em menos de um ano. Bem tenso.
ResponderExcluir@_Dom_Dom
Nardonio, é um tanto macabra mesmo... e você já sabendo disso desde o início causa certo estranhamento... mas é uma delícia de acompanhar!
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