Caninos Brancos, Jack London

Título: Caninos Brancos
Título Original: White Fangs
Autor: Jack London
Tradutor: Marcelo Albuquerque
Editora: Martin Claret
ISBN: 9788572328470
Ano da Edição: 2003
Ano Original de Lançamento: 1910
Total de Páginas: 183
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Sobre o livro:
A loba havia fugido do convívio humano a algum tempo. Ela era igual a uma loba e vivia com os lobos, mas tinha antepassados cães. E ela se aproveitava desses seus conhecimentos sobre os seres humanos para atacá-los e conseguir comida.
Ela fugiu em uma época de fome e passou a viver com os lobos em uma matilha. Mas depois que essa época negra passou, os lobos começaram a se separar de novo e ela acabou ficando apenas com um lobo - o seu parceiro - o Zarolho, com quem teve uma ninhada de 5 filhotinhos - 4 pareciam com ela, com os pêlos avermelhados e um era como o pai - parecia com um lobinho, todo cinza.
Infelizmente, outra época de fome se abateu e apenas um lobinho sobreviveu - o cinzento. Até mesmo o Zarolho já havia morrido na incessante busca por comida.
E assim o lobinho viveu com sua mãe até que um dia cruzou o seu caminho uma tribo de índios. Justamente a tribo da qual sua mãe havia fugido. Os índios capturam o lobinho e sua mãe, que passam a viver com os humanos. O lobinho ganha um nome - Caninos Brancos e começa a ver sua parte cão aflorar.

"Daí em diante, não se iludiria com a aparência das coisas. Só confiaria nelas depois de conhecer bem a sua verdadeira natureza."

"O objetivo da vida era a carne. A própria vida era carne. A vida vivia da vida. Uns comiam e outros eram comigos. A lei consistia, pois, nisto:
COMER OU SER COMIDO.
Ele não formulou a lei em termos claros e definidos nem fez considerações morais acerca dela. Nem sequer concebeu a lei: limitava-se a viver a lei sem pensar nela.
Via a lei aplicada por toda a parte."

"Waban wabisca ip pit tah. (Olhem! Que caninos brancos!)"

"E a principal exigência dessas complexidades da civilização consistia no domínio de si próprio, em saber conter-se - num equilíbrio tão delicado como o das asas mais frágeis e, simultaneamente, de uma rigidez de aço."

O que eu achei do livro:
O livro é lindo. Eu adoro essa história! Já tinha lido esse livro uns oito anos atrás, então foi quase como se estivesse lendo essa história pela primeira vez.
A ideia que o autor passa, de que não só os animais, como os homens também, são moldados pelo meio em que vivem é incrível. E a convivência de Caninos Brancos com os homens e as suas respostas aos estímulos dos "deuses" são ótimas (os "deuses" para o lobo são os humanos).
A história é bem fácil de ser lida e uma delícia. A linguagem não chega a ser simplória, mas também não é muito complexa e a leitura é bem tranquila. A forma como o autor conta a história é excepcional, quase parece que você está assistindo aos acontecimentos na vida de Caninos Brancos.
Leitura super recomendada para todo mundo e principalmente para quem gosta de história de cachorro!!!
Eu sinceramente gosto da maioria das edições da Martin Claret, mas dessa vez eu tenho que reclamar. O livro tem duas colunas por página, o que torna a leitura muito ruim. E neste livro existe uma repetição de dois parágrafos 3 vezes, o que considero um absurdo. E a existência de alguns erros, como falta de letras, já estou até me acostumando - parece uma coisa muito comum no mercado brasileiro. Não me lembro de ter lido nem um único livro sequer que não tivesse ao menos um erro. Mas o que realmente me incomodou mesmo foi essa divisão de duas colunas por página - que torna a leitura super cansativa. No mais, a versão é boa e a tradução também está legal.

Nota:

Dificuldade de Leitura: