Título: Os 13 Porquês
Título Original: Thirteen Reasons Why
Autor: Jay Asher
Tradutor: José Augusto Lemos
Tradutor: José Augusto Lemos
Editora: Ática
ISBN: 978-85-08-13999-6
ISBN: 978-85-08-13999-6
Ano da Edição: 2009
Ano Original de Lançamento: 2007
Clay Jensen já havia tido uma queda por Hannah Baker. Mas não tinha rolado nada além de alguns beijos em uma festa. E depois veio a notícia do suicídio de Hannah.
Ele não tinha pensado no quanto ela importava para ele até aquele dia. Quando ele chegou em casa encontrou uma caixa de sapatos endereçada a ele. Ele abriu a caixa e encontrou sete fitas. Fitas mesmo, K7. Cada fita tinha um número escrito em esmalte azul de cada lado, exceto a última, que tinha apenas o número 13 em um dos lados.
Se lembrou, então, do rádio que o pai guardava na garagem. Era um rádio antigo, então ele ainda tinha um local para ouvir fitas.
Clay não esperava pelo que ele ouviu quando colocou a fita no rádio. Era a voz de Hannah. Ela dizia que as fitas eram endereçadas cada uma a uma pessoa específica - uma pessoa que tinha alguma parte nos motivos que a levaram a se matar. Ele não esperava por isso. Por que ele estava naquelas fitas? O que ele tinha feito? Quem mais sabia daquilo?
Clay começa então a ouvir os 13 porquês de Hannah.
O que eu achei do livro:
Olá, meninos e meninas. Quem fala aqui é a Hannah Baker. Ao vivo e em estéreo
Não acredito.
Sem promessa de retorno. Sem bis. E desta vez, sem atender aos pedidos da plateia.
Não posso acreditar. Hannah Baker se matou.
Espero que estejam prontos porque vou contar aqui a história da minha vida. Mais especificamente, porque ela chegou ao fim. E se estiver escutando estas fitas, você é um dos motivos.
Quê? Como assim?"
Esse é um dos melhores livros que li esse ano. De verdade. Supreendente. E além de uma história muito boa, ele ainda tem todo o suspense (você não sabe o que as próximas fitas guardam) e todo um estilo diferente. No fragmento acima, retirado do livro, você pode ter uma ideia de como é toda a história. A parte em itálico é a narração de Hannah (a fita) e a parte normal é a narração do livro por Clay. E durante toda a história é assim, entremeando o que ele está ouvindo na fita, na voz de Hannah, com o que ele está pensando ou conversando com outros personagens.
Esse estilo do livro é incrível, são duas narrações ao mesmo tempo, e isso é muito legal. E a história também é maravilhosa. A princípio você não sabe de nada, não entende o porquê das fitas, por que Clay está na história. E aos poucos, você vai descobrindo o que cada pessoa fez e como influenciou na decisão de Hannah de tirar a própria vida.
Eu também gostei muito da maneira como o autor diferenciou o estilo narrativo dos dois personagens, ele definiu muito bem os dois. Hannah, em especial, é muito sarcástica.
O livro também é capaz de despertar o leitor para uma realidade: o bullying. A Hannah sofreu, de certa forma, com o bullying na escola. O livro acaba nos levando a fazer uma reflexão mais profunda: o quanto uma brincadeira, ou uma pequena mentira ou um pequeno ato pode magoar outra pessoa.
O assunto é muito forte - o suicídio de uma adolescente e todos os motivos que a levaram a cometer esse ato. Mas o livro é muito bom, muito bom mesmo. Trata a temática de forma muito interessante.
Não posso negar que o tempo todo eu torci para que o início do livro fosse diferente.
A leitura do livro é bem simples e rápida. Eu gostei muito do estilo de escrita de Jay Asher.
Eu recomendo muito esse livro. Vale a pena ler.
Nota:
Dificuldade de Leitura: