segunda-feira, 11 de março de 2013

Um Motim no Tempo, de James Dashner

Um Motim no Tempo, de James Dashner
Seguinte - 239 páginas
Alguns acontecimentos históricos estão fora dos eixos - isso transformou o presente e pode destruir completamente o futuro.
Dak Smyth e Sera Froste irão tentar mudar isso.





Título: Um Motim no Tempo
Título Original: A Mutiny in Time
Autor: James Dashner
Tradutor: Alexandre Boide
Editora: Seguinte
ISBN: 978-85-65765-11-4
Ano da Edição: 2013
Ano Original de Lançamento: 2012
Nº de Páginas: 239
Série: Infinity Ring - Vol. 1


Sinopse:
O presente no qual vivem Dak Smyth e sua melhor amiga Sara Froste não é como deveria ser. As coisas estão bagunçadas, erradas - há muitos desastres naturais que podem levar ao fim do mundo. Tudo isso é resultado das Grandes Fraturas - modificações na ordem natural de eventos históricos que refletiram de maneira negativa através do tempo.

Ao descobrirem uma maneira de arrumar esses "defeitos", os dois amigos se juntam para tentar garantir o presente da humanidade e a sua continuidade.


O que eu achei do livro:
Legalzinho.

A mesma editora responsável pela série The 39 Clues, Scholastic, decidiu criar uma aventura completamente nova (a primeira série continua dando frutos já que seus personagens irão protagonizar mais livros), com novos personagens e nova trama. Entretanto, ainda está usando a mesma ideia geral: diferentes autores são responsáveis por cada livro, cada volume da série foca em um acontecimento ou personagem histórico e há bastante conteúdo extra, como jogos online.

Acho essa ideia fantástica (assim como em The 39 Clues): muito bacana inserir fatos históricos no meio de histórias de aventuras - uma maneira interessante de fazer com que as crianças e pré-adolescentes se interessem pelos assuntos tratados no livro e estudem sem perceber e se divertindo bastante. Também acho bem bacana colocar diferentes autores responsáveis por cada livro! Estou curiosa para ler o segundo livro dessa série (ou mesmo de The 39 Clues) para poder ver o quão diferente ele será do primeiro, já que será escrito por outro autor.

A história em si é bem parecida com a que encontrei em O Labirinto dos Ossos. Assim como o outro livro, esse é divertido, mas tem alguns furos que me incomodaram. Vou falar aos pouquinhos.

James Dashner é um autor muito competente e tem uma narrativa bem gostosa de acompanhar - a leitura de Um Motim no Tempo é bem rápida e bastante agradável. Eu ainda não havia tido a oportunidade de ler nada do autor, mas a primeira impressão foi excelente (mal posso esperar para ler Maze Runner que está aqui na minha estante).

Nesse livro não há aquela questão de uma só família que engloba todas as pessoas importantes do mundo - e isso já me deixou mais feliz.
Além disso, também não há aquela história das crianças viajarem o mundo sozinhas. Ou meio que há, na verdade, só que de uma maneira um tanto diferente e mais verossímil.

Em Um Motim no Tempo, as crianças também são protagonistas da história e devem salvar o mundo - mas nesse caso os adultos iriam junto e seriam responsável por correr os maiores riscos. Isso mesmo, tudo no futuro do pretérito, porque algo dá errado e daí as crianças terão que passar por tudo sozinhas e encarar todos os perigos para conseguir salvar o mundo.
As viagens, portanto, são feitas apenas pelas crianças, mas elas não passam por alfândegas sem ter que se explicar - elas viajam pelo tempo e as companhias de aviação tradicionais ainda não oferecem esse serviço. Portanto, eles fazem isso de uma forma especial - através de um dispositivo. Ou seja, dá para aceitar perfeitamente as viagens dos meninos e a maneira como elas são feitas.

Então o que me incomodou?
A primeira coisa que me desagradou foi encontrar crianças competentes demais. Um menino sabe tudo sobre História (claro, a história com as Grande Fraturas - será bem bacana ter que vê-lo reformular os seus conhecimentos quando conseguir fazer que com a História volte ao seu rumo original), a menina sabe tudo sobre Ciências (de forma geral! A garota entende de física quântica) e o garoto mais velho fala nada menos do que dezesseis línguas!
Por que isso me incomodou tanto? Porque simplesmente não é verossímil... se fosse apenas um garoto que gostasse de História (e poderia até mesmo saber bastante, mas não tudo), uma menina que gostasse de Ciências (mas, peraí, física quântica?) e um adulto que soubesse várias línguas (dezesseis? Poxa, eu ainda estou sofrendo para a aprender a terceira e nem posso dizer que sei verdadeiramente as outras duas - nem mesmo o Português - porque ainda há tanto a aprender sobre elas) seria mais aceitável. Eu não gosto muito de personagens que são bons demais em alguma coisa, porque eles fazem com que eu me sinta mal (e isso tudo nem mesmo é justificado com superpoderes ou algo do tipo - porque aí estaria tudo bem, já que eu sou  normal. Eles também são pessoas normais e são bons assim). Fico imaginando que as crianças também não devem se sentir muito bem (ou talvez elas nem liguem).

Outra coisa que me incomodou bastante vem justamente desse fato dos super-protagonistas (que na verdade são crianças normais, só que sabem mais do que qualquer adulto que eu conheça): Sera simplesmente consegue terminar uma invenção que dois cientistas super estudados não conseguiram.
Ok, sei que às vezes estamos emperrados em um problema e não conseguimos enxergar a solução simplesmente por estarmos envolvidos demais no projeto. Mas, ei, Sera é apenas uma criança. E o projeto em questão deveria ser algo totalmente não compreensível e complexo.
Não deu para comprar...

Eu sei que é um infanto-juvenil!
Entretanto, sei que mesmo esse tipo de livro (sim, eu já passei um pouquinho dos 12 anos - só um pouquinho -, mas continuo adorando as aventuras escritas para esse público!) pode ser mais verossímil. Desconfio (na verdade, tenho certeza) que o público-alvo não vai ligar muito para essas questões que me incomodaram, porém por causa disso não consegui me envolver tanto com a história, embora tenha gostado da leitura.

Acho que esse livro é uma ótima opção para ser usado em sala de aula. Dá para fazer um trabalho em conjunto e estudar Português e História - no mínimo - usando esse livro, já que ele trata das "Grandes Navegações". Realmente considero uma ideia bacana para tratar o assunto de forma mais divertida com os alunos.

Um Motim no Tempo não é um livro perfeito, mas é uma leitura bastante divertida - principalmente para quem curte aventuras infanto-juvenis.
Aguardo ansiosamente os próximos livros da série.


P.S.: O livro ainda está em fase de pré-venda e será lançado em 04 de Abril - anotem a data na agenda!
A notícia boa é que outros dois livros da série ainda estão previstos para esse ano (o segundo em julho e o terceiro em novembro) e os outros quatro restantes devem sair já no ano que vem! Ou seja, a espera pela conclusão dessa aventura não deverá ser longa se tudo sair como previsto.


P.P.S.: A ideia da série é ser interativa e a Seguinte trouxe parte dessa interação para os leitores brasileiros!
No hotsite nacional de Infinity Ring é possível jogar um pedaço da primeira parte do jogo: "Episódio 1: O Rei dos Diamantes".
Curiosa que sou, entretanto, fui ao site original da série para conferir o jogo deles.
E, poxa... a Seguinte tentou, mas o jogo original é muito mais bacana! A versão brasileira traz apenas quatro pedacinhos da aventura que é na verdade muito maior. O jogo começa exatamente onde o primeiro livro termina e continua contando a história. É simples de jogar, mas muito divertido, principalmente por ter uma trama por trás. Eu não cheguei ao final do jogo, mas é possível fazer uma conta no site e salvar o progresso, para continuar mais tarde.
Devo dizer que adorei a carinha que deram para os personagens e as vozes também.


Nota: 


34 comentários:

  1. Ahh Nanie...

    Vc ama os irmãos Baudelaire e eles são mega ultra bons naquilo que é especialidade deles. ^^

    Talvez tenha sido apenas a forma como foi descrito que não te encantou mesmo.


    Bjus!

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  2. Já tinha visto esse livro e confesso que não me chamou muita atenção. É até legal, gostei dessa história, só que depois de ver umas resenhas senti que a vontade de ler não ia ser grande. Sabe quando você não sente que a história vai te agradar tanto? Pois é, eu li resenhas e aí vi a história todo praticamente, e lá se foi minha mínima vontade de ler =/

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  3. Ah, Ariana... mas é diferente - MUITO diferente. Os Baudelaire são só bons em suas especialidades. Por exemplo, a Violet é boa com invenções, mas ela não faz coisas gigantescas ou inexplicáveis - ela faz eventos bobos que talvez nem pudessem ser realmente chamados de invenções... E Klaus é um leitor ávido, mas não leu todos os livros do mundo e nem tampouco conhece todas as palavras. Sunny é boa em morder - e com ela as coisas são realmente malucas, mas ainda assim quase aceitáveis. É completamente verossímil, mesmo tendo milhares e milhares de absurdos.


    E, com certeza, a forma de contar muda tudo!

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  4. Cristiane, não se engane! Tem muita história ainda - não desista de ler por causa desse ponto. Eu não caí de amores pelo livro, mas gostei bastante da história - é daquele tipo para desestressar, sabe?!
    E ainda tem mais história no joguinho online *-*

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  5. Nanie!

    Legalzinho foi ótimo!
    Crianças perfeitas demais? Questionável, não é?
    Gosto muito das aventuras adolscentes e acredito que vou gostar de ler esse livro (a série toda).
    Fico impressionada como consegue fazer tantas resenhas...
    cheirinhos
    Rudy

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  6. Oi Nanie!
    Estou curiosa com a história, não sei se vou gostar, rs.
    Mas sabendo desses pontos que você falou, já sei o que esperar do livro \o/
    Bjs!

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  7. Oi, Nanie.
    Adoro livros infanto-juvenis, mas já estou acompanhando muitas séries ao mesmo tempo.
    Então acho que vou esperar os próximos volumes e ver a repercussão.
    beijos
    Camis

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  8. Rudy, esse "legalzinho" tem uma explicação >< Só que eu ainda não fiz um post explicando isso... agora estou usando uma forma fixa de "pontuar" as minhas resenhas e é dai que vem o "legalzinho", o "regular", o "bom", entre outros... enfim, a primeira linha das resenhas (é coisa NOVA).

    Eu gosto demais de aventuras infanto-juvenis - é um tipo de livro que me agrada demais. Esse, especificamente, tem alguns pontos que me desagradaram, entre eles os protagonistas "bons" demais...

    Ainda assim, foi um livro bem gostoso de ler :)

    Ah... a leitura é o meu refúgio e sempre resenho os livros que leio... daí, por isso, tantas resenhas no blog :)

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  9. Carla, é uma leitura gostosa, mesmo com os defeitinhos que eu citei - acho que você iria se divertir sim =)

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  10. Danny, definitivamente não estará no rol dos melhores livros que li na minha vida... mas ainda assim é bem gostosinho =D

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  11. Camis, eu estou acompanhando zilhões de série e não consigo me segurar quando aparece alguma que eu acho que será boa! haahahahaha
    Essa é divertida - não perfeita, mas bem bacana ^^

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  12. Sim, sim... entendi.


    Achei legal o legalzinho e é uma forma diferenciada, criativa.


    Gosto muito de ler e procuro fazer as resenhas dos livros que leio, é meu refúgio também, mas pelo menos a cada 2 dias você faz uma resenha, o que quer dizer, na minha visão que faz uma leitura bem rápida, gostaria de ler assim, com rapidez.... Acho que gosto de ficar degustando cada página...kkkkk Parabéns! Já tem uma admiradora aqui...


    cheirinhos
    Rudy

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  13. Rudy, eu leio vários livros ao mesmo tempo... daí apesar de demorar uma semana para ler o livro eu termino de dois a quatro livros por semana - e aí corro aqui no blog para resenhar (quando a falta de tempo deixa).

    Eu gosto de degustar também, mas tem histórias que não me permitem e eu vou lendo, lendo, lendo... hahahha

    Mas, no final das contas, não acho que a quantidade seja verdadeiramente importante... o importante é que eu leio e me divirto com a leitura :)

    Se você lê e se diverte, é isso que vale \o/

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  14. eu não conhecia esse livro e pelo que pude ler na sua resenha, ele é apenas uma história com personagens nada comuns o que tornou o livro um pouco fora do eixo, não é mesmo. Mas, creio eu, que o autor baseou seus dois personagens, naqueles desenhos onde as crianças sabem tudo e nada é real nem comum. Fantasiar faz parte da natureza do criador da obra, e isso vira um ponto de referência para discussões sobre o livro. Vou querer ler o livro, ou a série, e tirar minhas conclusões.
    Maristela G Rezende

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  15. Maristela, sim, eles são exatamente esse tipo de personagem. Sei que eles existem, mas não me encantam >< hehehehe
    Apesar disso, o livro é divertido.

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  16. A resenha me conquistou pra ler o livro ,achei que a leitura ia ser chata pelo fatos que aborda o livro, mas lendo sua resenha meio que tomei coragem ja vou logo logo comprar o livro kk *-* Para mim quando mais aventura melhor ,parece que fico mais ligada na história,mesmo com os pontos negativos da crianças bem "desenvolvidas" creio que fica mas interessante,não.

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  17. Pietra, é um livro bem gostoso! Os fatos históricos são uma delícia :)

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  18. Eu ainda não tive a oportunidade de ler esse livro mas já muita coisa positiva sobre ele. Até hoje não vi ninguém comentar algo negativo e isso significa que o livro deve ser realmente bom. Espero vir a ler em breve.
    Maristela G Rezende

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  19. A proposta desse livro é MUITO BOA, não posso negar! Inclusive Nanie, essa coisa de misturar fatos históricos e viagem no tempo me agrada muito. É uma pena que vc não tenha 'acreditado' em certas coisas, e pel que vc falou parece q ia me incomodar tbm. Sim, eu sou o público-alvo, mas tenho sérios problemas com relação a aceitar coisas meio que impossíveis, tive esse problema com o livro A Linhagem... de qualquer maneira o livro e sua ideia geral me atrai muito!

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  20. Maristela, é uma história bem gostosa! Não é um livro perfeito, mas é delicioso de ler :D

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  21. Inês, é verdade! Ele tem uma proposta super legal ao misturar aventura e fatos históricos, ficção e realidade :D Acho que é uma excelente pedida para ser trabalhado em escolas ^^
    Ah... eu não sou bem o público-alvo, né?! E tenho dificuldade em aceitar determinadas coisas... mas, ainda assim, o livro é muito bacana e a leitura recompensadora ^^

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  22. ana caroline basto fonsecaquarta-feira, 01 maio, 2013

    tenho q ter esse livro axo q ele é bm ,bjs

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  23. Eu também adoro literatura infanto-juvenil, apesar da idade avançada (29 anos. Rsrsrs). Mas concordo com os pontos que você levantou. Se formos avaliar pela nossa "maturidade", realmente essas falhas são grandes. Afinal, os super dotados existem, mas acho que foi um pouco e exagero nesse aí. Mas creio que seja um livro interessante.


    @_Dom_Dom

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  24. Nardonio, eu também não tenho exatamente 13 anos... mas sou fissurada em livros escritos para esse público - me divirto um monte!
    Sim, nesse livro tem algumas coisas que me incomodaram, mas mesmo assim me diverti bastante com a leitura :D

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  25. Oi Nannie...
    Fico imaginando, um livro podendo entreter e ensinar ao mesmo tempo... E sem contar que são vários autores, isso é muito confuso pra mim, isso por ser uma série também, no final não acho que daria em algo bom, mas a premissa de Um Motim no Tempo é interessante, adoro histórias que relatam viagens no tempo. Curiosidade atiçada já. Beijos!

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  26. Rafael, é exatamente isso que ele faz - e essa ideia é muito bacana ^^
    Você não gosta da ideia de vários autores escreverem os livros? Eu acho muito divertido, embora ainda não tenha visto o resultado disso - pois tanto na série 39 Clues quanto na Infinity Ring li apenas o primeiro livro...

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  27. É que nunca tive essa experiência, mas quero experimentar.

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  28. Rafael, pelo menos o primeiro livro ficou bem bacana. Ainda estou muito curiosa para saber como será ver outro autor mexer na história!

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  29. Lendo a sua resenha, também fiquei incomodado com o fato das crianças serem super em alguma coisa, mas acredito que a trama geral do livro, deve superar esses detalhes, porque Viagem no tempo é algo muito interessante, e quando envolve fatos históricos verdadeiros, fica ainda mais interessante. E foi legal a iniciativa da editora crir um site sobre a saga, e ele ainda ter jogos \o/

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  30. Alex, o livro supera sim esse detalhe - a leitura é muito bacana e vale a pena!
    Essa é a segunda série que a editora (a americana) faz nesse sentido - começou com a série 39 Clues (que aqui no Brasil é publicada pela Ática).

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  31. tá aí mais um detalhe que me deixou mais animado pra ler o livro

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  32. Acho que no ponto onde os personagens pequenos serem sábios também me incomodaria um pouco. Um adolescente falar dezesseis línguas? Só na imaginação mesmo!

    Adorei sua resenha! Beijos!

    Admirando os Livros

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  33. Viviane, não tem como não se sentir um pouco incomodado... porque é realmente estranho >< hahahah Mas ainda assim é uma história muito divertida!

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