Outubro: A Primavera de Uma Paixão é uma fanfic do livro Outubro.Para maiores informações, leia o livro Outubro, de Kamile Girão lançado em 2012 pela editora Literata.
Antes do conto, algumas palavras.
Primeiramente, eu sou péssima escrevendo - de forma alguma chego aos pés da Kamile Girão. Então, por favor, não me julguem.
Segundo: eu nunca escrevi uma fanfic. Essa é a primeira vez que faço isso simplesmente porque eu precisava contar o que acontecia a Kaero e Shau em sua primavera.
Por isso mesmo, quem não leu Outubro não deveria ler esse conto. Eu tentei não contar detalhes da história, mas ainda assim, é algo que se passa após a conclusão da mesma e, portanto, sua leitura não é indicada para quem não leu o livro ainda.
Mais uma vez, repito que como escritora sou uma bela bailarina (e, por favor, nunca me peçam para dançar: sou um desastre), mas foi muito divertido escrever essa história.
Espero que gostem.
Outubro: A Primavera de Uma Paixão
"Você sabe o porquê das folhas caírem no outono?"Os momentos de nossa vida são como essas folhas. Eles nascem, perduram por um tempo e caem. Porém outros virão. Sempre temos a chance de recomeçar do zero, de perder nossas folhas velhas e dar lugar às novas e mais belas. Temos a chance de esquecer os momentos ruins, de deixá-los serem levados pelo vento e dar origem a novos que serão melhores. E, aqueles que caíram e nos foram bons, a gente guarda no coração. As folhas velhas nunca voltam às árvores que as originaram."
Inverno
1º de Novembro de 2013
Essa foi uma das maiores lições que Shau aprendera com Kaero. Aquela menina pequena e franzina que havia se tornado uma mulher tão forte e decidida, apesar de todos os problemas que a faziam parecer frágil. Ele sabia que isso não passava de uma ilusão - Kaero só parecia frágil.
Devia quem era àquela mulher. Não teria se tornado enfermeiro não fosse por ela, não teria se tornado um homem tão bom e comprometido - não teria conhecido o verdeiro significado da palavra AMOR. Por isso mesmo as coisas foram tão difíceis naquele momento. Mas ele sabia que era preciso deixar as folhas velhas irem embora para que as novas pudessem nascer.
Primavera
4 de Janeiro de 2014
Felipe já havia provado que era um excelente enfermeiro. Esforçado, comprometido, estudioso e extremamente cuidadoso e paciente com os enfermos de quem cuidava. Era querido por aqueles que estavam sob sua atenção e também pelos seus colegas e superiores.
Sentiria muita falta do hospital - aquele período fora muito bom e ele aprendera muito. Tentaria manter contato com os amigos que fizera ali e certamente os visitaria sempre que possível. Era triste ter que deixar o lugar que o acolhera enquanto ainda era um estagiário e onde havia traçado toda a sua vida profissional - pessoas que o apoiaram e que foram grandes professores em sua caminhada não estariam mais presentes no seu cotidiano. Mas era necessário: o futuro o aguardava.
Depois de tantos emails trocados, ele finalmente iria matar as saudades de sua amada.
Ainda bem que existia email, Skype e toda sorte de tecnologia que conseguia mantê-lo próximo a Kaero apesar de toda a distância geográfica. Há muitos anos a menina vivia na Inglaterra com o pai e Felipe morava no Brasil, onde tinha a sua vida. E era só graças aos avanços tecnológicos que conseguia se manter perto daquela que tanto importava para ele.
Não que tudo tenha sido maravilhoso. Ah, quem dera.
A história de Shau e Kaero Morgan havia sido complicada. Aliás, complicada não era uma palavra que conseguia chegar ao menos perto de tudo aquilo que os dois haviam enfrentado.
Tudo estava superado, entretanto. Ou, ao menos, em vias de ser tão superado quanto possível. O importante mesmo era o amor que sentiam um pelo outro.
A mala de Shau já estava preparada e ele havia combinado tudo com Anthony, o pai de Kaero, para que a surpresa desse certo.
Sua mãe estava feliz por ele, apesar de ainda não ser capaz de aprovar totalmente a mulher que ele escolhera. Sabia, entretanto, que o filho não estava indo apenas atrás de um amor impossível, mas de sua realização profissional, de crescimento pessoal e da única pessoa que poderia fazê-lo verdadeiramente feliz.
Já fazia quase dois meses que havia estado pessoalmente com a menina - aquele Outubro havia sido mágico, redentor. Estava feliz, excitado, mas também bastante temeroso. E se ela tivesse reservas quanto ao seu plano?
Ele pegaria o voo no fim da tarde daquele mesmo dia e torcia para que tudo desse certo.
5 de Janeiro de 2014
Kaero estava feliz com sua vida em Oxford.
Agora já não morava mais com o pai - tinha o seu próprio apartamento, pequeno, mas bem aconchegante -, porém visitava-o sempre e tinha um ótimo relacionamento com ele. Dava aulas em casa para diversos alunos e fazia parte de uma pequena orquestra, onde podia treinar as sua habilidades no piano e apresentá-las por toda a Europa.
Sentia falta de sua família que havia ficado no Brasil, mas era uma mulher feliz e fazia visitas regulares para matar as saudades.
A doença era debilitante, mas ela tentava viver como se não tivesse nada. E na maior parte do tempo conseguia levar uma vida normal.
Não era esse o problema dela.
Doença, saudade... ela conseguia driblar isso. Muito bem.
Entretanto, ela sempre se sentira sozinha. E não havia nada que conseguisse mudar isso - nem mesmo no período em que estivera noiva conseguira deixar de sentir aquela solidão que se instalara em seu coração.
Mentira. Isso não era totalmente verdade e ela saiba - e isso era o que realmente doía. Ela havia se sentido completa - feliz como nunca pensara que poderia ser em sua vida adulta - durante o Outubro do último ano.
Desde então mantinha contato com o namorado da juventude através da internet. Não era a mesma coisa, entretanto. Era bacana poder tê-lo em sua vida de alguma forma, mas ela se sentia vazia. Sabia, porém, que não poderia pedir mais dele. Não seria justo. Aquilo que eles tiveram no ano anterior havia sido mágico, mas como uma folha de outono havia caído da árvore da sua vida e ficado para trás.
Kaero seguia em frente, mas não conseguia parar de olhar para o passado.
Normalmente ela não trabalhava aos domingos.
Suas aulas aconteciam de segunda a sexta durante as manhãs e tardes e às noites, três vezes por semana, ensaiava com a orquestra da qual fazia parte. Em alguns finais de semana se apresentava - o que era sempre muito gostoso - e a apresentação do último sábado havia sido linda.
Seu pai estava na plateia, ele sempre comparecia quando podia, e ela havia ficado feliz por dar o melhor de si para todas aquelas pessoas. O convite de seu pai para um almoço no dia seguinte havia sido uma surpresa. Não que os dois não saíssem juntos, eles saíam, mas raramente para almoçar no domingo - Anthony era um cara bastante ocupado e, por isso, gostava de dormir até tarde em suas folgas e era quase impossível marcar alguma coisa com ele antes das cinco da tarde.
Aquele Domingo estava sendo atípico, não era dia de aula, mas Kaero encontrara uma aluna naquela manhã. Anne era uma garota muito insegura e tinha uma apresentação na segunda de manhã em sua escola - precisava tirar algumas dúvidas com a professora tão querida para que tudo pudesse dar certo. E a musicista não conseguira negar.
Acordou cedo, se vestiu e foi ajudar uma de suas melhores alunas. A jovem Anne era realmente muito boa e a professora tinha certeza que ela se sairia muito bem se conseguisse superar ao menos um pouco de sua timidez. A menina era tão insegura que havia enviado mensagens para a professora mesmo quando esta esteve no Brasil para o casamento do irmão no ano anterior.
A aula foi maravilhosa e a pianista mostrou para a professora que estava com tudo muito bem ensaiado. Após duas horas de treino e conversas, Kaero se despediu de Anne e rumou para a casa do pai.
O relógio marcava meio-dia e ela ainda levaria vinte minutos para chegar. Sabia que o pai ficaria chateado com o atraso - ele exigia pontualidade britânica, mas também sabia que ele entenderia quando explicasse que fora necessário ficar mais meia hora para dar o apoio que sua querida aluna precisava para a apresentação do dia seguinte.
Seria uma delicia poder almoçar com o pai - de quem tanto gostava - e poder conversar com ele sobre a sua semana.
Ainda tinha esperanças de conseguir falar com Shau mais tarde. Não tinha contato com ele desde sexta-feira - ele deveria andar muito ocupado com os plantões no hospital. Entretanto, ela achava aquele distanciamento muito estranho, pois nunca havia acontecido antes e temia que ele pudesse ter encontrado alguém.
No fundo do coração, ela saiba que aquilo era o melhor para ele - o enfermeiro precisava seguir com sua vida e ser realmente feliz. Mas sofria por antecipação, pois iria doer demais saber que o perdera para sempre.
*
O voo havia sido bem tranquilo. E não havia demorado quase nada para que ele fosse liberado do aeroporto.
Havia chegado bem cedo, antes mesmo do dia amanhecer, em Londres e Anthony já estava esperando por ele.
- Como vai, Anthony? Parece estar bastante cansado - disse Shau.
- Bom dia, Shau. Fui assistir a uma apresentação de Kaero ontem e acabei chegando tarde em casa. Dormi apenas poucas horas antes de sair para buscar você. Entretanto, é uma satisfação tê-lo aqui. Acho que finalmente conseguirei ver outro sorriso no rosto de minha filha.
- Será? - perguntou inseguro enquanto levava uma das mãos ao bolso.
Dentro da calça estava o anel que ele havia olhado tão fixamente durante todo o voo. Comprara com parte do dinheiro que tinha em sua poupança (o restante ele iria usar para as despesas nos meses iniciais no país estrangeiro). Não era o modelo mais caro, mas era muito bonito. Com um aspecto quadrangular, não muito comum nas alianças que já havia visto, o objeto era composto de prata (gostaria de poder trocá-lo por um de ouro em um futuro não muito distante) e tinha um detalhe na parte superior: um entalhe de uma folha.
Dentro da mala estava o par do anel. Mas o outro não o deixava nervoso. Na verdade, o anel nem era importante - embora ele tivesse passado horas tentando encontrar algum lugar que fizesse um entalhe do jeito que ele pedira - o importante era a decisão de Kaero. E Felipe estava bastante temoroso, pois não sabia como a garota reagiria à sua proposta.
- Fique calmo, garoto. Conheço a minha filha. Ela pode até se assustar, mas com certeza ficará muito feliz com a sua chegada.
Shau olhou para o homem à sua frente com incredulidade. Ele queria acreditar no que Anthony dizia, mas o medo em seu coração era mais forte do que a esperança.
- Vamos, é melhor nos apressarmos. Hoje é domingo, não haverá trafego, mas é melhor não corrermos riscos. Kaero deve chegar lá em casa por volta do meio-dia e ainda temos um tanto de estrada para percorrer antes disso e depois preciso terminar o almoço - Shau pegou sua mala e acenou afirmativamente com a cabeça. - Aliás, precisamos, não pense que escapará por ser visita, vai ter que me ajudar a dar um jeito no nosso almoço ou nada ficará pronto a tempo.
Os dois seguiram em direção ao estacionamento do aeroporto. Era o início da nova vida de Felipe Alvez, o Shau.
*
Não deveria haver tantos carros nas ruas, mas Kaero dera azar. Não sabia explicar o que estava acontecendo - seria alguma prova na universidade? Talvez alguma promoção em uma das lojas? -, mas o fato era que ela havia demorado quase quarenta minutos para chegar na casa do seu velho.
Como entrada, haveria sermão.
*
Felipe estava extremamente nervoso. Anthony avisara que pontualidade não era o grande forte de Kaero e que a garota tinha que atender uma aluna naquela manhã. Portanto, não deveriam esperá-la antes de meio-dia e meia.
Mas o coração de Felipe batia cada vez mais forte e apressado dentro de seu peito. A ansiedade crescia, a expectativa o consumia. Ele suava frio e esquecia todo o discurso que havia preparado.
Quando olhou o relógio viu que ele marcava 12:45. Já começava a pensar que sua amada descobrira seus planos e desistira de ir à casa do pai quando a campainha tocou. O coração do garoto quase parou de bater antes de pular como louco em seu peito.
Havia chegado a hora.
*
- Se já não te conhecesse, poderia ter ficado preocupado - foi a frase de boas-vindas que o pai proferiu quando abriu a porta e encontrou sua tão amada filha à espera.
- Pai, não seja tão dramático. Não estou tão atrasada assim e liguei para avisar. Não é minha culpa que o trânsito de domingo esteja caótico desse jeito, como eu poderia prever algo assim?
- Essa é quase uma boa desculpa, minha filha. Exceto pelo fato de que marcamos meio-dia e já passava alguns minutos desse horário quando você me ligou para avisar que estava saindo da casa de sua aluna.
Não adiantava discutir, ela sabia. Para o seu pai a pontualidade era importante, mas ele já estava acostumado com os eventuais atrasos da filha. O jeito era mudar de assunto para não haver briga.
- O almoço já está pronto? Estou sentindo um cheirinho delicioso daqui e estou com uma fome de leão - falou a garota enquanto entrava na casa do pai.
- Está quase. Já sabia que você atrasaria e dei um jeito de atrasar o preparo também. Antes de ir para a cozinha, porém, quero que passe na biblioteca. Tem uma surpresa lá esperando por você.
- Uma surpresa? Pai, eu não acredito que você comprou aquele livro... eu te falei que era caro demais, não precisava - a moça falava enquanto se dirigia para o aposento onde a surpresa esperava por ela. - Eu realmente estava precisando dele, porque é uma raridade e tem umas partituras que quero aprender, mas você deveria ter me... - nada no mundo poderia tê-la preparado para aquele momento.
*
Kaero interrompera o seu discurso quando viu quem estava de pé na biblioteca. Era Felipe. O menino parecia meio pálido, mas ela sabia que aquilo deveria ser só por causa dela.
Ele estava lindo, com uma calça preta e uma camisa social azul turquesa, os óculos que ultimamente davam um charme a mais àquele rosto que ela sempre amara tanto e os cabelos penteados de maneira impecável. Era o homem mais bonito que ela já tinha visto na vida. E ficava ainda mais perfeito ali tão perto dela, com aquele olhar que dizia que ele estava exatamente no lugar onde mais gostaria de estar em todo o mundo.
Shau olhava admirado.
Kaero sempre fora linda, mas da última vez que a vira estava debilitada por causa da doença. Agora já recuperara algum peso e parecia saudável. Saudável e deslumbrante. Os cabelos negros emolduravam com perfeição aquele rosto maravilhoso. Os olhos azuis reluziam com uma alegria que ele não esperava encontrar - ela estava feliz por vê-lo ali, ele ainda conhecia aquele brilho. Vestia-se com simplicidade, porém a roupa caía nela perfeitamente. Tudo ficava bem em uma mulher tão bonita quanto Kaero.
Os dois fitavam-se calados e admirados. Era impossível dizer quem estava mais feliz. Felipe havia decorado um discurso, mas a surpresa de ver Kaero tão bem o havia tirado do eixo e ele não conseguia fazer nada além de olhar para ela, admirando-a.
- Felipe! - finalmente a menina rompeu o silêncio que de constrangedor não tinha nada. Era um silêncio carregado de história. Um silêncio fertilizante, ela tinha certeza que uma nova folha havia acabado de brotar.
- Kaero! - a voz dele quase falhou ao pronunciar o tão amado nome.
Finalmente, o feitiço paralisante parecia ter sido dissolvido e ele se lembrou do que queria fazer ali. Abriu a caixa que segurava em suas mãos desde que estava naquele cômodo esperando pela chegada dela e ajoelhou-se em frente à garota.
- Kaero, estou aqui hoje para fazer uma proposta muito importante.
A menina arregalou os olhos quando viu que dentro da caixinha estava um anel. Era um anel prateado e ela receava o que Shau teria para propor. Anthony observava o momento da porta com lágrimas nos olhos. A filha estava de costas, mas sua postura já deixava antever o quão feliz estava, ele tinha certeza que finalmente ela seria feliz.
- Kaero, quer ser a minha namorada?
Pronto! Estava feito. As mãos de Felipe suavam enquanto ele encarava a deslumbrante mulher à sua frente. Temia a resposta dela, mas ansiava que ela aceitasse. A musicista, por sua vez, tinha receios quanto ao que responder. Era claro que ela queria, era o que ela mais queria, porém como seria possível os dois namorarem estando ele no Brasil e ela ali na Inglaterra? Não acreditava em namoros à distância e sabia que não poderia deixar sua tão amada vida para trás. Não assim.
- Felipe, eu...
- Kaero - Anthony a interrompeu -, não deveria ser eu a dar essa notícia, mas acho que preciso dizer isso antes que você responda a atrevida pergunta desse garoto - nesse momento, Shau olhou preocupado para Anthony, mas reparou que o homem sorria. Afinal de contas, ele já sabia do plano de antemão, havia sido peça fundamental durante a fase de planejamento. - Durante todo o mês de Novembro e Dezembro, estive ajudando Shau a conseguir uma vaga aqui em Oxford. Ele começa o mestrado agora em Janeiro e vai morar aqui comigo por alguns tempos.
Lágrimas rolaram dos olhos de Kaero. Ela não podia acreditar no que estava ouvindo. O amor de sua vida iria morar perto dela e finalmente poderiam ser felizes. Não havia outra resposta senão sim, mas a voz simplesmente não saía tamanha era a felicidade. Ela tentou murmurar um sim, mas não saiu som algum de sua boca. Felipe conseguira ler a resposta nos lábios da amada e mal teve tempo para se preparar para o beijo estarrecedor que ela lhe deu quando se jogou nos braços dele jogando-o no chão.
A árvore morta finalmente voltava a dar folhas.
As flores da Primavera
20 de Outubro de 2017:
Kaero abraça Felipe enquanto olha pelo vidro do berçário. Já estavam casados há dois anos e ela era presença comum no hospital onde o marido trabalhava.
Ele agora era enfermeiro-chefe da maternidade e dava algumas aulas na mesma faculdade onde começaria o doutorado no início do anos seguinte. A vida dos dois ia muito bem.
- É encantador olhar esses bebês dormindo tão tranquilamente - falou a musicista com olhos brilhantes.
- São todos realmente lindos.
Shau - agora todos o chamavam pelo apelido de infância, pois aparentemente era mais fácil de pronunciar - sente um aperto amigável no ombro.
- Parabéns, Shau - é um dos enfermeiros que trabalha com ele.
Os olhos de Kaero se enchem de lágrimas.
- Obrigada, Peter - a mulher agradece pelo marido, pois ele chora como uma criança ante o elogio do amigo.
Quando a árvore dos dois recuperou suas folhas, eles viveram o que pensaram ser os melhores momentos de suas vidas. Mas não imaginavam que aquela mesma árvore ainda seria capaz de florir.
- Este berçário está cheio de crianças lindas, mas nenhuma é tão graciosa quanto Narcisa - com a voz falhando fala o pai mais babão que aquele hospital jamais viu.
- Certamente, meu amor. Nenhuma é tão linda quanto a nossa princesinha - diz Kaero enquanto dá um beijo carinhoso em seu marido. - São apenas quatro dias, mas já sinto que ela faz parte da nossa vida desde que nos conhecemos. Em breve poderemos levá-la para casa.
- Sim, minha pequena. Em breve.
*infinidades de "ooowns" e de "aaahs"*
ResponderExcluirAI, GENTE, AMEI!
Tô sorrindo feito boba aqui. E li soltando miados mais profissionalmente que um gato! Obrigada pelo presente, Nanie! É uma honra ler uma fanfic de uma história minha! Estou muito feliz <3 <3
Kamile, fico feliz que tenha gostado :) O que achou da primavera que criei para os dois?
ResponderExcluirUma coisa a dizer: NARCIIIIIISA <3
ResponderExcluirKamile, o nome foi escolhido a dedo, claro!
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