Final de semana, nada melhor do que sair com os amigos para uma pescaria. Embala tudo, coloca na kombi e a galera pega a estrada.
No meio do caminho, aquela estradinha de terra simplória e um bar ainda mais humilde. Uma cachaça da boa cairia super bem, então resolvem parar. Mas a preguiça de descer faz com que perguntem ao cara no balcão (aquele lugar mais parece uma "venda" do interior, simples, humilde e bem vazio àquela hora da manhã) de dentro do carro mesmo.
— Bom dia! Tem cachaça da boa? – pergunta o motorista.
— Palito? – retruca o balconista.
— Cachaça – grita o ocupante do banco do carona.
— Palito? – repete o homem.
Mais uma vez o grupo de amigos se entreolha, embasbacados. O cara só pode ser surdo... ou talvez esteja tirando uma com a cara deles.
— Cachaça, meu amigo! – grita novamente o homem no banco do carona. E decide deixar ainda mais claro para o cara. — Cachaça, pinga, cana, aguardente, mé, Itaocarina, 51...
O homem do bar solta um suspiro, como se pensasse "ah, esses trouxas da cidade grande. Não entendem nada mesmo" e resolve gastar um pouco mais de palavras.
— Palito ou pá dose?
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