Família, de Barbara Delinsky

Titulo: Família
Título Original: Family Tree
Autor: Barbara Delinsky
Editora: Bertrand
Ano da Edição: 2011
Ano Original de Lançamento: 2007
Nº de Páginas: 359
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Sobre o livro:
Dana e Hugh eram casados e muito felizes! Ela não havia conhecido toda a sua família - o pai sempre havia sido uma incógnita e por isso sempre sentira vontade de ter uma família como a do marido - onde todos os antepassados eram muito bem conhecidos.
Ela era decoradora, ele advogado. Em breve os dois se tornariam pais.
Mas o nascimento do bebê não traria apenas alegria. A pequena Elizabeth, com sua pele negra, iria trazer dúvidas e discórdias. Afinal de contas, Dana e Hugh eram brancos.

"Ele e Dana eram brancos. Seu bebê não podia ser negro.
Porém, ali parado na sala de parto, observando atentamente a criança nos braços de Dana, ele sentiu um tremor de medo. A pele de Lizzie era muito mais escura do que a de qualquer outro bebê da família Clarke que ele já vira, e ele já tinha visto vários. Os Clarke sentiam orgulho da sua prole, conforme ficava comprovado pela enxurrada de fotos festivas dos parentes, todos os anos."

O que eu achei do livro:
Essa vai ser uma resenha difícil, porque realmente vai ser difícil passar para vocês tudo o que eu senti.
Mas como sempre vou começar pelo lado positivo do livro - que é realmente muito bom! Eu nunca havia lido nada da Barbara Delinsky, e agora vejo que isso não foi uma boa escolha. A autora escreve muito bem! A história é deliciosa, os personagens são envolventes! A escrita é simples, leve, fluidia e dinâmica. É daquele tipo de livro que você lê "em uma sentada"!
E com tantos elogios, como pode ter alguma coisa ruim?! Bom, o livro fala de uma menina negra que é filha de pais brancos. Até aí, tudo bem. Claro que o pai iria ficar desconfiado, assim como seus amigos. E isso seria mesmo motivo para brigas, discussões e conflitos. Mas o principal ponto no livro não é que a criança tenha uma cor diferente da dos pais, mas sim o fato de que a criança é negra. Eles chegam até mesmo a pensar nas dificuldades que ela irá enfrentar no futuro. Eu não sou negra, mas tenho parentes negros com quem convivo. E não vejo problemas como os narrados no livro. Aliás, achei algumas passagens e alguns pensamentos dos personagens extremamente racistas. Não posso dizer que não exista um racismo - ele existe. Mas tampouco acho que esse preconceito seja maior para os negros do que é para os pobres, os gordos, os homossexuais ou outras minorias. Sim, o preconceito, infelizmente, é algo presente em nossa vida. Entretanto, eu não acho que seja da forma como foi descrito no livro. Claro, eu não moro nos EUA e não conheço o país de perto para dizer como é a situação por lá. E mesmo entendendo que as coisas podem ser diferentes por lá, acho que não são tão extremas como retratadas no livro. Ressalto, mais uma vez, que não acho que o preconceito não exista. Apenas considero que ele não seja uma barreira assim tão grande e que, definitivamente, não seja presente na vida de todo mundo da forma como foi retratado no livro.
O livro trata sobre um tema delicado, portanto, é realmente difícil falar sobre ele. Mas ao mesmo tempo que gostei da história, fiquei com várias ressalvas, pois acho que em muitos momentos os personagens foram preconceituosos demais. Em várias passagens eu tive vontade de sacudir os personagens, para ver se eles caíam na real e pensavam direito.
Finalizando, é um bom livro, uma leitura gostosa. Mas confesso que não gostei muito das atitudes dos personagens.

Nota: 

Dificuldade de Leitura: