O alfabeto alifato, nada mais é do que o alfabeto árabe. Alifato é o nome dado a esse alfabeto que deriva do nome de sua primeira letra, alif. O Alifato nasce nas costas do oriente mediterrâneo (Síria, Fenícia e Palestina) e divide-se em dois subgrupos: o aramaico - que irá derivar o alfabeto árabe moderno e o hebreo; e o fenício, que irá derivar o alfabeto grego.
Aramaico
O alfabeto aramaico foi muito difundido a partir do século VII a.C. na região da Mesopotâmia, sendo o alfabeto adotado pelos persas. O Aramaico é uma língua ativa ainda hoje nas aldeias do interior da Síria.
A grande importância desse alfabeto se deve ao fato de que quase todas as línguas do Oriente Médio derivam desse alfabeto.
A obra mais conhecida escrita originalmente nessa linguagem é a Bíblia.
Árabe
O árabe é uma língua semítica, aparentado com o hebraico e derivado do aramaico. É uma língua falada em vários países atualmente, principalmente no Oriente Médio, tais como Argélia, Bahrein, Egito, iraque, Kuwait, Líbano, Marrocos, Emirados Árabes Unidos, Síria, entre outros chegando a mais de 200 milhões de falantes.
As obras mais conhecidas da literatura árabe são o Corão e a obra literária "As Mil e Uma Noites".
A história "As Mil e Uma Noites" é recheada de controvérsias e sua origem teria sido persa, com raízes na Índia. Entretanto, a obra é classificada como pertencente ao gênero da literatura épica árabe. O livro inclui coleções de contos ou episódios enlaçados para formar uma história mais extensa.
Outra obra árabe de grande importância é o Maqama, que foi escrito, provavelmente, por al-Hamadani na segunda metade do século X. O texto é escrito em forma de prosa rimada e contém vários divertidos contos.
Hebraico
O hebraico assemelha-se fortemente ao aramaico e, embora menos, ao árabe e seus diversos dialetos, partilhando muitas características linguísticas com eles. O hebraico, assim como o árabe, deriva do aramaico.
O hebraico atual é muito diferente do hebraico de três mil anos atrás, uma vez que esse não possuia vogais - o que torna sua pronúncia praticamente impossível.
O escrito mais famoso originalmente em hebraico é o Tanakh, base das Escrituras Sagradas hebraicas. As cópias existentes mais antigas foram encontradas entre os manuscritos do Mar Morto.
O hebraico não foi usado como uma língua falada por mais de dois mil anos, sendo considerado uma língua morta, assim como o latim. Porém, os hebreus de diferentes países passaram a utilizar essa linguagem para se comunicar. Apesar de ser diferente do hebraico clássico, pois possui vogais, o hebraico foi revivido como língua mãe em 1881 e hoje é falado por mais de 6 milhões de pessoas, principalmente em Israel.
Espero realmente que vocês tenham gostado das informações! Como sempre sintam-se a vontade para dizer o que acharam e para sugerirem novos tópicos para esta coluna!
Acompanhe essa série:
- Parte I: A Origem na Mesopotâmia
- Parte II: A Escrita no Egito
- Parte III: O Alfabeto Alifato
- Parte IV: O Alfabeto Fenício
- Parte V: O Alfabeto Grego
- Parte VI: Os Romanos
- Parte VII: Os Chineses
- Parte VIII: Os Japoneses
- Parte IX: Fim?
Puxa, viajei com tanta informação, eu adoro história, e ja tinha assistido um documentário sobre a História da Escrita, parabéns Nanie, adorei.
ResponderExcluirBjs
cade o LATIN, NÃO EXISTE?
ResponderExcluirPor que a pergunta, Luis?! Era justamente sobre o Latin o seu trabalho?!
ResponderExcluirNão sei se você reparou na ideia dos post, que é a história da ESCRITA e não das línguas... Ainda assim entretanto, na parte do "Alfabeto Romano" (que, por acaso, também é conhecido como alfabeto latino), o latim é mencionado.
Ler os posts é sempre uma boa ideia antes de criticar, sabe?! E o Latin como língua nunca faria parte mesmo das postagens - porque não é a proposta.