Jardim de Inverno, de Kristin Hannah

Jardim de Inverno, de Kristin Hannah
Novo Conceito - 414 páginas
A única maneira de Meredith e Nina conhecerem-se melhor, é conhecendo melhor sua mãe o passado dessa mulher guerreira.

Título: Jardim de Inverno
Título Original: Winter Garden
Autora: Kristin Hannah
Tradutor: Sylvio Deutsch
Editora: Novo Conceito
ISBN: 978-85-8163-035-9
Ano da Edição: 2013
Ano Original de Lançamento: 2010
Nº de Páginas: 414
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Sinopse:
Uma família que sofre com a distância da mãe. As duas meninas cresceram tendo uma excelente relação com o pai, mas sempre foram muito distantes da mãe, que agia com elas de forma fria.

Já adultas, tal distanciamento autoimposto continua. E quando o pai morre, leva junto o que unia as três.
Elas se veem perdidas e terão que conhecer melhor a si mesmas para poder seguir em frente. A melhor maneira de fazer isso será conhecendo melhor a história dessa mulher - uma guerreira cujo passado ficou enterrado para evitar dores.


O que eu achei do livro:
Excelente!

Esse foi meu segundo contato com livros escritos por Kristin Hannah e novamente me vi encantada pela trama tecida pela autora.

Para começar, a leitura é muito agradável! A escrita de Kristin Hannah é profunda, mas simples e delicada. Flui de maneira bastante dinâmica e encanta o leitor com suas descrições singelas e também com toda a gama de sentimentos que a autora consegue imprimir à sua narrativa.

Em Jardim de Inverno, conhecemos uma família que não se conhece. Duas filhas que estão muito distantes de sua mãe. E numa jornada que começa com um simples conto de fadas, as duas vão se aproximando dela e conhecendo ainda mais essa mulher que é muito mais forte do que elas poderiam imaginar.

Achei muito envolvente a a maneira como a autora vai contando os fatos e revelando o passado. É bastante intrigante a forma como o conto de fadas vai se tornando mais real, os elementos lúdicos vão sumindo e dando espaço à cruel realidade de tempos sombrios, a narrativa em terceira pessoa passa para a primeira e o que era uma história para crianças se torna o duro relato de um passado terrível.
Desde o princípio, o leitor sabe que a mãe das meninas é russa, sabe que ela foi para os Estados Unidos com o marido, que fora à Europa lutar na Segunda Guerra Mundial.
Tudo além disso é contado bem aos poucos, de uma maneira que deixa o leitor sedento por mais um pedacinho da narrativa e impede-o de deixar o livro de lado enquanto não conhece cada detalhe do que aconteceu.

Não é um livro sobre a guerra. Tampouco é um livro sobre o comunismo.
Você irá encontrar um pouco de ambos, porque fazem parte do passado da protagonista, mas tais aspectos não são aprofundados nessa obra.
Essa é, sobretudo, uma história sobre amor, escolhas e erros. Contém passagens lindas e emocionantes (até mesmo fiz um post impulsionada por uma citação do livro), que nos levam a refletir sobre as nossas próprias escolhas. É um livro que faz pensar, sonhar, chorar.

A autora é conhecida pelos dramas que escreve. Não é diferente nesse livro.
O drama familiar é pungente e as lágrimas inevitáveis. O livro não é recheado de catástrofes ou tragédias, mas elas estão presentes. Entretanto, o que me levou às lágrimas ao ler essa história não foram as tristezas ou mazelas, mas as alegrias - os momentos de superação. Apesar de ser um drama, de ter momentos terríveis, o livro me fez chorar pelas coisas boas e isso é uma delícia!
O final é surpreendente e maravilhoso - eu adorei e não poderia pensar em um só detalhe que poderia torná-lo melhor do que foi.

Um livro emocionante que fala da importância do amor - entre irmãos, entre pais e filhos, amigos ou namorados -, da união, do passado e de superação. Uma história linda cuja leitura vale a pena.


Nota: