sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A tatuagem

Esboço da tatuagem
Sempre imaginei que tatuagem fosse a coisa mais dolorida do mundo.
Sabe aquela dor insuportável? Pois é... a fresca aqui (sou fresca mesmo, admito, e sempre fui fraca para dor) morria de receio de não suportar a dor e acabar mexendo muito durante a sessão (o que desfiguraria a tatuagem, deixando-a horrível).

Por isso, demorei tanto tempo a tomar coragem para fazer uma.

Quando conheci o tatuador que está fechando o braço direito da minha irmã, fiquei impressionada com o traço do cara e com o trabalho que ele faz. Não apenas a tatuagem fica muito bem feita, mas ele consegue criar um desenho que fica bem na pele e que atinge as expectativas daquele que será tatuado.
Foi só aí que decidi que era hora de fazer a minha tatuagem, finalmente!


Primeiro, eu já tinha o desenho e o local onde a queria, mas não sabia ao certo o tamanho (na verdade, o tamanho que foi primeiramente combinado foi um e depois eu pedi para ele aumentar - o que aumentou também o número de sessões, mas tudo bem, já esperava por isso quando resolvi que ficaria melhor um pouco maior!).

Quando meu pai viu a prévia da tatuagem (o André Fonseca, também conhecido como Xurume, que é o meu tatuador mandou um esboço da tatuagem alguns dias antes para que eu pudesse ver como havia ficado) disse que já sabia que eu desejaria tatuar aquela flor! E isso, obviamente, me deixou muito feliz, porque mostra que a minha percepção não estava errada - aquela era a flor que melhor me representava e um símbolo que eu queria mesmo para a minha vida (afinal de contas, tatuagem é para sempre! Ou deveria ser...).

O que eu escolhi tatuar? Uma flor de cerejeira no ombro direito.

A flor de cerejeira é um símbolo da cultura oriental. A Prunus Serrulata (conhecida em japonês como sakura) é uma árvore símbolo do Japão.
A sakura é bastante delicada, com uma coloração rosácea e desenhada normalmente com cinco pétalas, representa a feminilidade, o amor, a felicidade, a renovação e a esperança. Esta flor tem uma vida muito curta, dura pouco mais de uma semana (ou apenas alguns dias se o tempo estiver ruim e chover) e, por isso, também representa a necessidade de se aproveitar o agora e curtir o momento presente.
Além disso, por ser símbolo da cultura oriental, que é uma cultura que muito me inspira, ainda me remete à tudo de bom que é cultivado pelos orientais: o respeito, a paciência, a persistência, a organização, o trabalho duro, a disciplina, a sabedoria milenar e o culto aos ancestrais.
Logo, não é de se admirar que eu tenha escolhido a flor de cerejeira, né?!

Por que o ombro direito?
A flor, como falei logo acima, representa a feminilidade e o lado direito é considerado, simbologicamente, o lado masculino.
Por isso, elegi o lado direito para a tatuagem - de forma a balancear as energias nela contidas. E também para fazer um contraste com o piercing que tenho no lado esquerdo do rosto.

Sakura: a delicadeza e feminilidade da sabedoria de saber curtir o momento


Parte de trás da tatuagem
(Ignorem as espinhas que essa
adolescente de 25 anos ainda tem!)
No dia marcado, 03 de Dezembro, o tatuador estava incapacitado de fazer o trabalho porque havia sofrido um acidente - e eu só fiquei sabendo no dia! Imagina a tortura que foi isso?
Eu já estava ultra ansiosa e, pouco antes da sessão, recebi uma ligação do André me informando que ele havia se machucado (coitado! Estava até com o braço imobilizado). Confesso que não fiquei tão preocupada com ele na hora, de tão nervosa que estava (não por ter sido cancelado, mas por toda a ansiedade que me consumia). Por fim, foi uma boa que a sessão tenha sido cancelada naquele dia, porque eu estava uma pilha de nervos. Daí pude encontrar o tatuador e ver melhor como tinha ficado o esboço ao vivo (até então eu só tinha visto digitalmente) e acabei pedindo para que ele fizesse a tatuagem maior (ficaria só do tamanho da maior flor à princípio).
Felizmente, conseguimos marcar para dali a uma semana - no dia 10 de Dezembro - a sessão. E no dia 10 eu já não estava mais tão ansiosa quanto no dia 03. Não vou mentir, fui morrendo de medo! Ainda estava um tanto ansiosa, mas principalmente com muito medo! Por tudo o que já tinha ouvido todo mundo dizer, tatuar deveria ser extremamente doloroso e quase insuportável...
Eu queria a tatuagem e estava disposta a segurar a dor da melhor maneira possível, mas não posso negar que estava bastante temorosa da quantidade que doeria...

Parte da frente da tatuagem
(O meu xodó *-*
Olho para isso 24 horas por dia!)
A boa notícia para quem tem vontade de fazer uma tatuagem é que não dói quase nada! É uma dorzinha bem de leve, extremamente suportável (qualquer dor de cabeça dói infinitamente mais! E sabe quando você bate o dedão do pé naquele móvel intrometido? Pois é, muito mais dolorido!) e fácil de aguentar! Foram mais de duas horas de maquininha ligada que passaram bem rápido. Não posso falar nada sobre a dor em outras partes do corpo, mas no ombro é bem tranquilo - pode tatuar sem medo!
Tenho que falar também que eu só fiz a parte de traçar - que é menos dolorida mesmo -, entretanto a dor é tão de leve, que mesmo a parte de colorir foi tranquila (embora nessa primeira sessão ele só tenha colorido a parte preta).

Essa primeira sessão no início de Dezembro foi só a primeira - o suficiente apenas para traçar a tatuagem e colorir somente a parte preta - e ainda terei outras duas pela frente, para sombrear e colorir o trabalho. A segunda sessão já está marcada para o início de Fevereiro (o tatuador está de férias agora em Janeiro).

Preciso dizer que estou extremamente ansiosa para terminar logo a tatuagem e ver o resultado final!
Estou muito apaixonada pelo resultado parcial - está deslumbrante e não poderia estar mais linda (você pode ver as fotos tiradas no mesmo dia - e com a pele ainda meio suja de tinta)!
Depois de descobrir que tatuar não é um monstro de sete cabeças, estou bem satisfeita com a minha tatuagem, louca para finalizá-la e já pensando em outras ideias para rabiscar o corpo, como diria minha mãe.

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