sábado, 24 de março de 2012

Laranja Mecânica, de Anthony Burgess

Laranja Mecânica, de Anthony Burgess
Aleph - 199 páginas
Uma história escrita há quase cinquenta anos, mas que continua atual e ainda amedronta.




Título: Laranja Mecânica
Título Original: A Clockwork Orange
Autor: Anthony Burgess
Tradutor: Fábio Fernandes
Editora: Aleph
Ano da Edição: 2004
Ano Original de Lançamento: 1962
Nº de Páginas: 199
Comprar Online: Saraiva

Sinopse:
Alex é um adolescente violento. Com Georgie, Pete e Tosko, seus melhores amigos, ele anda pelas ruas da cidade à noite aterrorizando - roubos, violência, estupro.
Até que ele é  preso e a vítima de uma de suas agressões morre. Alex então vai parar na prisão.

O que eu achei do livro:
És fluente em Nadsat, ô, querido irmãozinho? Pois se a resposta a essa pergunta é não, eu só tenho a dizer: bem-vindo ao horrorshow mundo criado por Anthony Burgess.
Calma, você não precisa saber nadsat para ler o livro. Aliás, você não deve saber nadsat. A terceira versão brasileira*, essa que estou resenhando e que foi publicada pela editora Aleph, assim como a primeira traz um dicionário de nadsat no final do livro. A ideia não partiu do autor, ele não queria que nós, pobres mortais, entedêssemos perfeitamente tudo o que Alex narra. Aliás, esse é justamente o ponto: não compreender o narrador.
Laranja Mecânica, juntamente com 1984, de George Orwell, e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, forma uma trinca de sensacionais livros de ficção que criticavam duramente a sociedade do século XX (que, infelizmente, evoluiu para algo muito parecido com o premeditado pelos três autores: a nossa sociedade). A distopia tão aclamada na atualidade não é novidade. E se você não leu esses três livros, ainda não pode afirmar que conhece as principais obras distópicas.
Antes de começar a falar sobre a obra em si, eu preciso falar dessa edição. Com uma capa intrigante, que apesar de não ter muito a ver com a história ficou ótima no livro, a edição vai muito além de uma diagramação bem-feita. A tradução ficou maravilhosa - eu que não costumo gostar de "aportuguesamento" de termos e nomes, achei que o trabalho do autor Fábio Fernandes ficou excelente. Há uma "Nota sobre a nova tradução brasileira" logo no início do livro explicando algumas escolhas do tradutor na hora de realizar o seu trabalho - e eu achei muito interessante todo o estudo que foi feito para conseguir o resultado final que tanto me agradou. Como existe uma língua criada dentro do livro - o nadsat, montado como uma mistura de inglês com russo e cigano - a tradução da obra de Burgess não é nada trivial. Manter os termos na forma original faria com que a maioria dos leitores brasileiros não entendensem nada e tivessem que recorrer ao dicionário (o que faria com que a grande graça do livro fosse perdida). Então decidiu-se por manter alguns termos e adptar outros; e tenho que dizer que achei incrível a forma como isso foi feito. Algumas expressões ficaram um tanto cômicas, outras puxadas, assim como devem mesmo parecer as expressões usadas pelos jovens quando pessoas mais velhas as escutam - ou seja, ficou excelente! E ainda podemos contar com uma maravilhosa introdução escrita pelo próprio Fábio Fernandes sobre a obra. Não seria a mesma coisa ler Laranja Mecânica sem essa introdução. Portanto, é mais do que merecido o parabéns à editora Aleph pelo primoroso trabalho e, principalmente, a Fábio Fernandes pela maravilhosa tradução e introdução.
Voltando à história.
A primeira versão de Laranja Mecânica surgiu da ideia de passar para o papel o que Burgess via nas ruas - as lutas entre gangues, a violência desmedida, as gírias adolescentes. Porém, ele se preocupava com o fato de que aquelas gírias iriam sumir rapidamente - e o livro estaria ultrapassado, por se tratar de gangues do passado. Mas uma viagem à Rússia acabou por lhe dar a ideia que tornaria Laranja Mecânica um dos melhores livros do século XXI segundo as mais importantes listas: ele criaria a gíria de seus personagens - uma mistura de inglês, russo e língua cigana. Uma fala ritmada e rimada, com um pouco de inglês vitoriano. Assim nascia o nadsat (palavra que quer dizer jovem): a linguagem de Alex e seus amigos.
O livro é ambientado em um futuro próximo e é narrado em primeira pessoa por Alex - o adolescente problemático. E ele fala com o leitor como se estivesse falando com seus amigos, ou seja, utilizando seu estranho modo de falar e suas palavras aparentemente sem sentido.
Na primeira edição americana, inseriu-se um dicionário de nadsat, para que o leitor pudesse entender o livro. Mas esse não era o objetivo de Burgess e já adianto que se você ler olhando o dicionário vai perder um dos pontos essenciais do livro, que é se sentir velho, fora do mundo de Alex - um adulto olhando os incompreensíveis erros de um jovem. Não compreender todas as palavras do protagonistas faz com que nos sintamos fora do mundo dele, como adultos que não conseguem atingir a nova geração. Essa era a ideia do autor - e o nadsat  nos proporciona isso. Então, não use o glossário. Depois que terminar a leitura, pode ser bacana ler os termos e perceber quais palavras você havia entendido, quais havia simplesmente ignorado e quais havia errado completamente o significado, mas não o consulte enquanto a leitura estiver em andamento - por maior que seja a curiosidade. Se preciso for, danifique seu livro arrancando fora o glossário, mas não danifique a leitura dessa história.
O livro ainda faz uma crítica à sociedade e o autoritarismo estatal. Algumas questões filosóficas também são levantadas pelo autor. Não é possível ler Laranja Mecânica em apenas um dia, apesar de ter uma linguagem simples (embora em alguns momentos incompreensível, por causa do nadsat) - é uma leitura densa, que faz o leitor refletir muito.
Laranja Mecânica é divido em três partes, de sete capítulos cada uma - totalizando 21 capítulos, que representam a maioridade do protagonista. As edições americanas até o início da década de oitenta não tinham esse último capítulo, que, na minha opinião, é super importante para esse livro - quase que uma lição final imposta pelo autor: não se esqueçam, vocês já foram jovens e quando jovens não sabiam tudo o que sabem hoje, de forma que erraram e muito; mas todos crescem um dia.
Tem tanta coisa que eu gostaria de discutir nessa resenha, mas não quero entrar em detalhes, contar todos os acontecimentos do livro (afinal de contas, quero apenas instigá-los a ler essa história e não substituir a leitura com um resumo da obra). Deixo apenas assinalado que muita coisa acontece em Laranja Mecânica. É um livro intrigante, dolorido, chocante e maravilhoso!
"Mas que tipo de mundo é esse? Homens na Lua e homens girando ao redor da Terra como mariposas numa lâmpada, e ninguém presta mais atenção às leis e à ordem terrenas."

PS: O livro foi brilhantemente adaptado ao cinema pelo diretor Stanley Kubrick em 1971. O filme tornou-se um clássico do cinema mundial e um dos principais trabalhos do famoso diretor. A versão cinematográfica não é totalmente fiel ao livro de Burgess, mas também vale a pena ser assistido.

PS2: Não deixe de ler a Introdução de Fábio Fernandes. Ele consegue falar brilhantemente sobre essa obra e dá ao leitor informações muito interessantes sobre o autor e o livro.

PS3: NÃO CONSULTE O GLOSSÁRIO ANTES DE TERMINAR A LEITURA, drugui querido.

PS4: Eu queria escrever algumas frases em nadsat na resenha, mas me abstive a um "ô, irmãozinhos", no início, um "horrorshow" e um "drugui" no final. Se eu colocasse muitas palavras em nadsat o texto ficaria bolshi kali bizumni, eu teria que explicar tudo para vocês kopatarem e seria aquela kal total. Então, pronto, usei só um malenk de nadsat para vocês não ficarem como se tivessem tomado um moloko.com e conseguirem ponear a razkaz toda. Não fiquem razdraz comigo, druguis, esse último ps não fala nenhuma kal dorogoi, serve apenas para confundir mesmo.

* A saber, a primeira versão brasileira foi publicada em 1977 pela editora Artenova, a segunda em 1994 pela editora Ediouro e essa terceira edição em 2004 editora Aleph.

Nota: 








Dificuldade de Leitura: 





38 comentários:

  1. HAHAHAHAHAHA e vc ainda achou que a sua resenha ficou uma porcaria! Qual é, Nanie? Pra mim é uma das melhores resenhas que você já fez aqui. Sem contar NENHUMA linha da história você me deixou morrendo de vontade de ler o livro. E resenha boa pra mim é assim. 

    Engraçado que a gente vê hoje essas histórias contemporâneas e suas traduções mais ou menos e, quando vê o trabalho de um TRADUTOR (assim, com todas as letras maiúsculas) fica até sem fala. É assim que todas as traduções deveriam ser. 

    Fiquei me perguntando qual edição desse livro deveria procurar pra quando puder ler, mas você já respondeu a essa pergunta de maneira excelente!

    (E o riso histérico do começo do comentário é pelo último PS. Genial!)

    (Ah, e pra você recomendar que se danifique o livro, mas que não se leia o tal glossário, é porque sua dica deve ser levada a sério, né?)

    Bjs!

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  2. A resenha está muito boa. Li a edição da Ediouro. Já li algumas traduções do Fábio Fernandes, ele é muito bom. Uma das melhores resenhas que li do livro. 

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  3. Você gostou mesmo do PS?! Que bom =D Eu não resisti - precisava falar um pouco de nadsat na resenha - até mesmo para que os leitores pudessem sentir um pouco do clima do livro (embora em muitos momentos Alex não use tanto nadsat assim em uma mesma frase).
    Sabe qual é o problema dessa resenha, Lilian?! O livro é muito, mas muito mais do que isso... depois que você o ler você vai descobri o quanto eu não falei... sério, é uma história incrível e que merecia ser mais comentada... até por isso indiquei tanto a introdução do Fábio Fernandes - ele sim fala muito bem do autor e da obra!
    Olha, é verdade... um trabalho como o desse tradutor dá gosto de ver - não foi só uma coisa mecânica que talvez o Google Tradutor pudesse fazer, é algo mais - algo que só um ser humano pensante poderia criar - ficou ótimo!
    Eu não conheço as outras duas edições, mas garanto que essa da Aleph é maravilhosa e vale cada centavo que custa!

    Imagina eu recomendando alguém dilapidar o livro?! Pois é... se você ler o glossário vai perder a alma do livro - que é se sentir um velho no meio dos adolescentes da nova geração que falam uma linguagem quase desconhecida.

    O livro é incrível, Lilian, e deve ser lido =)

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  4. Celso, eu não li a edição da Ediouro e nem a da Artenova e, portanto, não posso comparar as três. Mas a edição da Aleph está excelente - me agradou muito! Eu gostei tanto do trabalho do Fábio Fernandes que irei até procurar outros livros traduzidos por ele! O tradutor conseguiu manter a alma do livro - ficou incrível ^^
    Gostou mesmo da resenha? Mesmo já tendo lido o livro e sabendo de tudo aquilo que eu nem mencionei? Fico feliz =)

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  5. Oi, Nanie!
    Esse é um livro que nunca me despertou o interesse. Talvez porque não goste muito da imagem da capa do dvd. Mas pela sua resenha até que leria. Apesar de não gostar de violência, como a que é descrita na resenha, o livro não se resume a isso. 
    Nem imaginava que é tão curtinho (199 pág. para mim é curto), mas, como você disse não é leitura de um dia. Acho que nenhum livro que trate de dominação distópica é livro para se ler muito rápido, não é? Muitas questões estão nas entrelinhas e não expostas diretamente.
    Bem, gostei de conhecer o livro e o nadsat. Achei mto bacana o ps4! kkkkkkkkk Tem umas palavras que dá para entender o sentido na frase, mas tem outras! rs
    Parabéns pela resenha.
    Beijos

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  6. Rose, esse é um livro incrível! O filme não é exatamente como o livro, tem muitas diferenças - e, para mim, a mais importante é a idade do protagonista... 
    É um livro curto, mas muito denso - com muita informação! Os distópicos YA da atualidade são mais leves. Laranja Mecânica é forte, mas muito bom =D
    Fico feliz que tenha gostado do PS4. O livro inteiro é assim - você não consegue entender todas as palavras, mas consegue pegar o contexto de forma geral =)

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  7. Oi Nanie!

    Eu nunca li esse livro! Sério, eu sempre ouvi falar, sei que existe o filme, mas nunca peguei o livro na mão *que vergonha*

    Adorei as citações do livro \o/

    Vou procurar para ler \o/

    Bjs

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  8. Carla, o livro é maravilhoso! Se você o ler, com certeza vai adorar =)

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  9. Sim, gostei! Foi bem criativo e deu uma noção do que espera o leitor. Eu achei bem legal!

    E eu entendo perfeitamente você - quando gosto demais de um livro, qualquer que seja, nunca acho que fiz uma resenha à altura... =/

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  10. Nanie, que resenha gigantesca é essa? kkkkk
    Pô, Nanie vc falou tanto e não falou nada, queria saber mais sobre a história, sei lá, senti falta de mais informações dessa vez.
    Adorei seus PS, principalmente o PS4 =D
    Beijo.

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  11. Lilian, frequentemente tenho essa mesma impressão >< É difícil demais resenhar livros que nos encantam tanto =D

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  12. Milla, eu não contei a história de propósito - não posso contar sem estragá-la. Quero que o leitor só tenha uma ideia do que o livro representa - de quão agradável é a leitura! Mas a história em si, só lendo para saber. Como eu disse, mostra a vida de um adolescente em um futuro próximo - suas saídas noturnas regadas à violência.

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  13. Que mistério Nanie...
    Tá bom, não vou dizer que não vou ler, mas tbm não prometo que lerei. Se tiver na biblioteca, eu dou uma olhada ;)

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  14. Não lembro qual foi a última resenha que me deu TANTA vontade de ler um livro como essa. A sua intenção era instigar e não há dúvidas que conseguiu, já me falaram sobre o livro e o filme, mas a curiosidade só apertou mesmo agora. Ótima resenha :)
    Beijo



    http://alltwords.blogspot.com/ 

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  15. Milla, o enredo em si é bem curtinho, mas a história é incrível =D Se você ler o primeiro capítulo não vai mais conseguir parar ^^ E com certeza vai ter na biblioteca (talvez não essa versão da Aleph).

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  16. Jéssica, a intenção era deixar com vontade de ler mesmo =D
    Eu sugiro que leia o livro primeiro - é maravilhoso *-* 

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  17. Eu não entendi nada do final, mas deve ser um livro interessante. Quem sabe eu não o leia algum dia. 

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  18. Suellen, não entendeu o PS4? hahahaha O livro é basicamente assim =D A intenção é que você entenda a ideia geral, mas que não seja capaz de pegar os detalhes ^^
    O livro é mais do que interessante, é maravilhoso =D Leia algum dia sim, você não irá se arrepender =)

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  19. Talvez a minha cabeça hoje especialmente não queira entender nada. Mas deve ser legal lê. Quem sabe, um dia... kkkkkkkkkkkkkk

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  20. Suellen, é muito legal sim =) Se você um dia animar, irá gostar bastante da leitura =)

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  21. Não curto este tipo de livro,vi o filme e achei um show de terror,bjs
    Luciane Oppelt

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  22. Luciane, é um livro super pesado - porque fala de uma juventude sem limites. Algo que até hoje é chocante, mas infelizmente vemos isso quase todos os dias - às vezes muito mais próximo de nós do que gostaríamos. A leitura do livro levante questionamentos importantes. E, acima de tudo, não é fechando os olhos para o problema que ele irá sumir. 
    Entretanto, realmente, o livro é muito pesado e você talvez não vá curti-lo. Ainda assim é fundamental pensar nos caminhos que nossa juventude está seguindo.

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  23. Ao contrário das outras duas distopias clássicas que você citou, essa não me desperta nenhuma vontade de ler. Não sei explicar bem... Só não tenho vontade, mesmo. (Sem contar que o título só me lembra futebol, haha)

    Fico feliz quando vejo livros com uma edição que mereça ser elogiada. Pelo que você disse, dá pra perceber que houve um grande respeito à obra e aos leitores.

    Bjos

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  24. Cíntia, para os brasileiros esse título lembra mesmo futebol >< Culpa da Holanda =D hahahahahaha
    Mas, não tem nada a ver com o futebol. Ao contrário dos outros dois títulos, nesse há uma crítica maior ao cidadão e uma reflexão filosófica sobre a adolescência. É um livro pesado, porque o protagonista é muito violento, mas é uma história que vale demais a pena ser lida! Se você chegar a ler os outros dois, leia esse também.
    A edição ficou super bem feita! O cuidado com a tradução foi visível e eu acho que deve ser comentando! Queria que fosse assim com todos os livros.

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  25. Menina, se a sua resenha ficou uma porcaria, tenho medo do que você considera ótimo!
    Eu adorei!
    E, apesar de ter pavor de clássicos e de livros muito importantes para o mundo, vou por ele na lista, porque fiquei bem curiosa, viu???

    Bjs!

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  26. Ba, a questão maior é que eu não consegui falar tudo o que precisava ser dito sobre esse livro... se você um dia o ler irá descobrir o quanto a resenha ficou magrinha, quanta coisa ficou faltando ><
    O caso é que esse livro é maravilhoso e você não irá se arrepender de lê-lo caso o faço algum dia =)

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  27. O que dizer?
    Quando li um pouco sobre a obra na internet, tinha ficado meio receosa quanto ao nadsat, mas agora que li sua resenha, o medinho que estava começando a surgir desapareceu. A vontade de ler a obra de Burgess e conhecer os "clássicos distópicos" é maior do que qualquer medinho.
    Estou ainda encantada com as palavras que você usou para falar sobre o livro.
    Beijão

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  28. Babi, o livro é incrível! Excelente é pouco para descrevê-lo =D 
    Você irá sentir algum baque com o nadsat sim... mas esse é o propósito do autor! Você conseguirá, tranquilamente, entender a ideia geral do texto, mas  não vai conseguir, de primeira, entender todos os detalhes! Leia porque certamente irá adorar!

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  29. Nanie! Sua bandida!!
    Eu adoro tramas distópicas, mas ainda não li Laranja Mecânica. Estou muito curiosa, sua resenha ficou excelente!
    Adorei o Ps em nadsat. rsrs

    bjs

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  30. Hérida, você está perdendo uma história incrível *-* Laranja Mecânica é um livro maravilhoso! Fico muito feliz que tenha gostado da resenha =)

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  31. Ei Nanie, a séculos vi o filme, e mal lembro do que é a história realmente, mas aí vi esse livro pra vender e esta nos desejados a muito, muito tempo. 

    Mas ele ainda ta meio salgado no preço, mas sou doidinha para ler essa distopia!!!

    Adorei a resenha! Beijos Beijos

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  32. Bruna, o preço é salgadinho, mas vale! Antes todos os livros custassem mais caro como esse, mas tivessem uma qualidade tão perfeita! E a história?! Também é ótima =D Vale muito a pena conferir esse livro ^^ E se você não se lembra muito bem do filme, tanto melhor, conseguirá aproveitar mais a história.

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  33. Que capa assustadora, credo!
    5 estrelas, mas não compraria, apenas por essa capa tremendamente feia, kkkkk

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  34. Leninha, você não gostou dessa capa?! Nossa... eu adoro essa capa!

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