terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A Tormenta de Espadas, de George R.R. Martin

A Tormenta de Espadas, de George R.R. Martin
LeYa - 840 páginas
Uma continuação inacreditavelmente sangrenta, surpreendente e deliciosa.


Título: A Tormenta de Espadas
Título Original: A Storm of Swords
Autor: George R.R. Martin
Tradutor: Jorge Candeias
Editora: LeYa
ISBN: 978-85-8044-262-5
Ano da Edição: 2011
Ano Original de Lançamento: 2000
Nº de Páginas: 840
Série: As Crônicas de Gelo e Fogo - Vol. 3
Outros livros da série:


Excelente!


George R.R. Martin e suas Crônicas de Gelo e Fogo me pegaram de jeito. É tanta fascinação pelas histórias narradas nessa série que pela primeira vez em muitos anos (nem ao menos sei dizer quanto tempo faz exatamente) peguei um livro emprestado: o terceiro livro da série!
Eu comprei os dois primeiros, mas ainda não poderia comprar o terceiro e estava tão ansiosa para continuar lendo essa fascinante aventura em Westeros que não pensei duas vezes quando um amigo me ofereceu o terceiro volume emprestado.

A leitura foi demorada, mas extremamente gostosa em cada uma das páginas.
Minhas expectativas quando comecei a ler estavam nas alturas (afinal de contas, o terceiro livro já havia sido apontado por vários conhecidos como o melhor da série) e ainda assim o livro conseguiu me surpreender.

Não se iluda. Se você ainda não leu os dois primeiros livros, nem se atreva a começar a ler A Tormenta de Espadas. As Crônicas de Gelo e Fogo não é desse tipo de série. O leitor que pensar em iniciar a leitura de um volume mais avançado simplesmente se verá perdido no meio de tantos personagens e tantos desdobramentos, além de não conseguir entender nada do que está realmente acontecendo durante a história.
A boa notícia: a leitura vale por cada palavra, de tão gostosa. Então, pode ler os dois primeiros livros sem medo de errar. A narrativa de Martin é muito gostosa. O autor não é muito rebuscado, tampouco suas descrições são entendiantes. Não tenho como dizer que não há descrições no livro (basta olhar o tamanho de cada volume para se ter a certeza de que o autor não economiza na hora de descrever personagens, acontecimentos, batalhas e histórias), mas elas são muito bem escritas e nem um pouco entendiantes, desnecessárias ou chatas.

Uma coisa super bacana é o quanto o escritor consegue humanizar todos os seus personagens. E isso não é só nesse terceiro volume não, mas em todos que li até agora.
Não canso de dizer que os personagens são, de longe, a melhor coisa do livro. Não há aquele maniqueísmo que outras obras apresentam. Até existem alguns personagens que podem mais facilmente ser chamados de maus, mas uma reflexão um pouco mais atenta já é capaz de mostrar ao leitor que tal personagem está se fiando em suas próprias convicções e não acredita estar fazendo nada por mal, simplesmente faz o que é melhor para si e para os seus.
Acho isso incrível!
E não há personagem pequeno no livro. Claro que alguns tem um papel menor na história que está sendo narrada, mas há várias sub-histórias que vão sendo contadas aos pouquinhos, ou que são deixadas um tanto em aberto para serem tratadas depois. E isso é outra coisa que também é maravilhoso! A história principal do livro gira em torno do trono de Westeros, quem irá controlar os Sete Reinos, quem é o Rei de direito. Mas essa não é a única trama que o leitor irá acompanhar (e, dependendo do ponto de vista, nem a mais interessante). É um livro complexo, cheio de detalhes, de mistérios e coisas a descobrir!

O autor ainda brinca com seu mundo meio medieval inserindo características fantásticas a ele. Há uma pitada de magia, uma pitada de sobrenatural e muita guerra. Um prato cheio para quem gosta de intrigas políticas e lutas de espada.
Sei que há quem não gosta desse aspecto da história, mas particularmente me sinto ainda mais instigada com isso. É algo que diferencia a obra de tantas outras (não que a incrível narrativa do autor e seu mundo tão bem construídos já não façam isso) e a torna ainda mais especial e surpreendente.

Quanto ao terceiro livro propriamente dito, é realmente uma pérola!
Se você já leu os demais, prepare-se para o que irá encontrar no terceiro. O autor faz jus a sua fama de "sanguinário" e não é à toa.
A primeira parte do livro é um tanto morna. Não me entenda mal, não é ruim, é apenas mais calma. E acho que isso é justamente o fundamental para que pegue o leitor desprevenido quando as coisas realmente começam a acontecer. E não se iluda, o que digo aqui não é spoiler e você, de forma alguma, estará preparado para o que irá encontrar.
Foram tantos "Aaaas", "Ohhsss", "Não acredito", "Não é possível", "Só posso ter lido errado", "Ele não faria isso com seu próprio personagem", "O quê?", "Inacreditável" e outras tantas expressões do mesmo calibre que nem mesmo um resumo do livro, repleto de spoilers, seria completo o suficiente para prepará-lo para todas as surpresas que Martin guardou dentro deste livro. Só mesmo lendo tudo para descobrir.
Quando eu pensava , por um momento apenas, que o autor já havia me surpreendido em tudo que era possível e que nada havia para me desconsertar, lá ia ele me mostrando que eu não sabia de nada.
"Você não sabe de nada, John Snow." Nem ele, nem eu. E, garanto, nem você.

A Tormenta de Espadas é realmente uma leitura inacreditavelmente deliciosa, envolvente e instigante. Preciso dizer que quero logo ler o quarto? Acho que não, né?
Ah, Martin, você realmente me ganhou com essa sua série fabulosa!


Nota: 


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