sábado, 16 de novembro de 2013

O Jantar, de Herman Koch

O Jantar, de Herman Koch
Intrínseca - 254 páginas
Um livro que mostra que não há limites no que pais podem fazer pelos seus filhos.





Título: O Jantar
Título Original: Het Diner
Autor: Herman Koch
Tradutor: Alexandre Martins
Editora: Intrínseca
ISBN: 978-85-8057-418-0
Ano da Edição: 2013
Ano Original de Lançamentos: 2009
Nº de Páginas: 254
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Legalzinho.

Quando vi esse livro, eu fiquei tentada a lê-lo na hora, embora ainda não houvesse lido a sinopse, não conhecesse o autor e nunca tivesse ouvido qualquer coisa sobre ele. O que me chamou a atenção foi a capa... não pela beleza (embora eu, de fato, a considere bela), mas por me remeter aos livros da Jennifer Egan, que é uma autora que me surpreendeu pela originalidade de suas histórias.
Essa arte abstrata que ilustra a capa do livro, com as silhuetas de um homem e uma mulher na capa me fizeram pensar que essa era uma história inteligente. Daquele tipo que te leva a pensar a cada parágrafo lido. Algo diferente, original, instigante.
Eu estava certa. E errada.
Mas a leitura valeu a pena.

O Jantar, livro escrito pelo holandês Herman Koch e ganhador do prestigiado prêmio holandês de literatura Publieksprijs no ano de seu lançamento, é um livro bastante diferente e inusitado.
Para começar, o livro se trata exatamente do que diz o título: um jantar. Do início ao fim, o livro conta a história de apenas um jantar. Quem comparece a essa refeição e por que ela é tão importante o leitor vai descobrindo aos poucos.
Sim, parece estranho, mas na verdade o leitor começa essa leitura sem saber muito bem o que esperar dela. Ok, é um jantar, mas por que narrar um jantar? O que ele tem de tão especial? Aos poucos, o autor vai revelando esses e outros detalhes.

A escrita de Herman Koch é muito gostosa, simples e fluída, acompanhar a narrativa desta história é intrigante. O autor vai mesclando os acontecimentos do presente com detalhes da vida pregressa dos protagonistas.
O livro é narrado em primeira pessoa pelo protagonista, Paul Lohman. Uma das coisas que mais achei bacana nesse livro foi a forma como o autor fez com que o ponto de vista do narrador fosse tendencioso (como nossos pontos de vista sempre são) - ele vê as coisas apenas pela sua perspectiva e está pouco se importando com o lado dos outros.

Fiquei intrigada com o desenvolver da história. Aos poucos, o autor vai revelando fragmentos do que está acontecendo e instigando o leitor a não parar a leitura.
Entretanto, e claro que há um entretanto já que considerei o livro apenas como bom, o desfecho da história não me agradou tanto.

Talvez, no fundo, eu esteja apenas chocada pelo livro ser tão realista. Ou talvez não. Realmente não sei dizer.
Os personagens são extremamente preconceituosos e egoístas. Isso me assombrou um pouco. Depois da metade do livro, nos deparamos com uma história que, na minha opinião, é doentia demais. Estranha, um tanto repulsiva.
Isso é extremamente interessante, mas também indigesto.

No final das contas, O Jantar era mesmo como eu esperava: um livro original, intrigante e bastante inteligente. Uma leitura que ainda ronda a minha cabeça e me faz questionar diversos assuntos, diversos aspectos de tudo o que foi abordado.
Mas ao mesmo tempo, é uma leitura perturbadora de uma forma que não me agradou.

Vale a pena ler? Sim.
Só não espere demais do livro.


Nota: 

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