Algumas semanas atrás, uma escritora famosa disse que “chick-lit” era subliteratura. Outra comentou que romance não era gênero, e que seus livros não se enquadravam nesse tipo de categoria. Bom, é fato que, infelizmente, ainda há muito preconceito na literatura, e uma das que mais sofrem com isso é o chamado romance de banca.
Então, qual seria o melhor? Romances de banca ou romances de livraria?
Não existe uma resposta concreta. Na realidade, muitas escritoras de livraria só ingressaram mesmo nesse mercado porque começaram (e ainda estão até hoje) escrevendo livros de banca, esses que muitos viram a cara. Aqui vai algo a se pensar: por que você compra um livro de livraria da sua autora favorita e não compra quando ela lança em banca? Não é o mesmo estilo de romance?
Sim, é o mesmo. Muitas vezes fica fácil identificar estilo de banca nos de livraria, e vice-versa, já que as mesmas escritoras, na maioria dos casos, escrevem para os dois estilos (Nora Roberts que o diga!). É claro, um livro de banca é uma versão mais curta (embora não sem os mesmos detalhes que um livro de livraria) e mais ágil, com o intuito de relaxar e distrair depois de uma leitura mais pesada. São livros leves, com a vantagem de levar no bolso, e com várias opções para o leitor: Sobrenaturais, Contemporâneo, Romances Medievais, Romances Históricos, Texas, Romances Policiais... e ainda existem as subcategorias: Drama, Divertido, Hot, aventura, suspense, novela...! Viram quantas opções?!
Muitos me falam que viram a cara só de olhar as capas. Na realidade, esses romances se enquadram na categoria “romances românticos”, cujo foco principal é o romance entre os protagonistas. Então, embora existam algumas, ter uma capa abstrata não ficaria... esquisito? É como colocar uma capa de romance policial em um Chick-lit, e esse em um romance de banca. Muitas vezes é pela capa que já podemos ver do que se trata o livro: se há um mocinho (obviamente lindo!) vestido de saias, o livro se trata na Escócia, na Idade Média. Se houver um homem de terno, então o ambiente da história possivelmente será em um escritório, e assim por diante. Além disso, os modelos(as) da capa seguem o padrão de terem as mesmas características dos personagens da história, então quase sempre você os imagina ao ler o livro!
Mais além, alguns dizem preferir os de livraria ao de banca pelo formato. Bom, desde os tempos da segunda guerra mundial, livros de hoje que conhecemos como “livros de livraria”, nos EUA, são feitos de um tipo de jornal, vendidos em banca, shopping, livrarias, supermercados... até mesmo em feiras! Só depois de certo tempo ele sai na versão que conhecemos como “livros de livraria”. Então quando olhar de novo para o seu livro, lembre-se que lá fora ele saiu em versão jornal, e também é vendido em banca!
Então, fica o meu conselho final: os dois são maravilhosos, para todos os gostos. O importante é ler o que gosta, respeitar os gêneros literários e, principalmente, dar a chance de conhecê-lo antes de torcer o nariz. No mais, seja feliz. ;)
Sobre a Bruna Britti: É estudante, escritora, atualmente escrevendo seu segundo romance medieval e em busca de uma editora para o primeiro. Dona do blog "Supreme Romance", que fala sobre romances de banca e livraria. Recentemente o blog completou 1 ano. Blog: Supreme RomancePedra Escolhida: Safira.
Bruna, falou e disse! Esse papo de preconceito é super ultrapassado e não está com nada! Claro que você pode ler, não gostar e dizer que não é seu estilo... mas nada de sair por aí dizendo alhos e bugalhos sem antes conhecer =D
Muito obrigada por ter aceitado participar do aniversário do blog! É um prazer e uma honra poder publicar um texto seu aqui no blog!
