Enfim, poderemos começar a destrinchar as mudanças efetivas que esse acordo impôs na escrita da língua portuguesa!
O alfabeto português agora passa a ter 26 letras (eram 23) com a incorporação, oficial, das letras k, w e y. Entretanto, deve-se lembrar que a sua utilização ainda é restrita a apenas alguns casos (como em símbolos, nomes próprios e palavras estrangeiras incorporadas à língua).
O alfabeto fica:
a - b - c - d - e - f - g - h - i - j - k - l - m - n - o - p - q - r - s - t - u - v - w - x - y - zAs principais mudanças, no Brasil, ocorrem nos acentos, hífens e trema.
A trema simplesmente não existe mais na grafia das palavras portuguesas. Então, é bem simples, nunca mais use trema! As palavras continuam sendo pronunciadas da mesma maneira, mas grafadas sem o sinal.
lingüiça -> linguiçaAs modificações nos acentos e nos hífens são um pouquinho mais complexas e serão mostradas detalhadamente nos próximos posts dessa série.
tranqüilo -> tranquilo
cinqüenta -> cinquenta
argüir -> aguir
Em Portugal, ainda há outras modificações, como a eliminação da letra h no início de palavras como herva e húmido (que por aqui já são grafadas assim - erva e úmido) e o desaparecimento das letras c e p nas palavras em que eles não são pronunciadas, tais como acção, exacto, baptizar e colectivo. Por outro lado, em palavras onde a letra c é pronunciada, serão aceitas as duas graficas: facto ou fato e sector e setor.
Ainda será permitida a dupla grafia nas palavras proparoxítonas, tais como académico (cuja forma mais comum no Brasil é acadêmico), oxigénio (oxigênio no Brasil). As proparoxítonas aparentes também permitirão dupla grafia: insónia (insônia) e génio (gênio).
Acompanhe a série:- V: Hífen - 20/04;- VI: Acento - 27/04;- VII: E, agora, o que eu faço? - 04/05.
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