segunda-feira, 22 de abril de 2013

Charlotte Street, de Danny Wallace

Charlotte Street, de Danny Wallace
Novo Conceito - 399 páginas
Um encontro fortuito, um sorriso inacreditável e uma câmera descartável. Assim se dá o início de uma história em Charlotte Street.






Título: Charlotte Street
Título Original: Charlotte Street
Autor: Danny Wallace
Tradutora: Bruna Castelhano da Cruz
Editora: Novo Conceito
ISBN: 978-85-8163-003-8
Ano da Edição: 2012
Nº de Páginas: 399
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Sinopse:
Jason Priestley (não aquele ator famoso da série Barrados no Baile da década de 90, mas outro cara qualquer que sofre desde sempre com piadinhas com seu nome) mora em Londres. Não há muito mais a dizer sobre ele.
O cara saiu de um relacionamento de quatro anos e não consegue esquecer a ex-mulher - que, aliás, não só já o esqueceu como está com outro e prestes a se casar.

Se isso fosse tudo, talvez o cara tivesse salvação - afinal de contas, muitas pessoas ficam presas a um relacionamento que já terminou.
Mas além disso, ele não tem um emprego estável, não tem amor próprio, mora com um amigo, é um babaca. Jason Priestley é, definitivamente, um grande perdedor (não o ator! Ele é um sucesso, embora seus anos dourados tenham ficado no passado).

Até o dia em que ele encontra aquela garota (porque sempre há uma garota) em Charlotte Street. Ele a ajuda a carregar as sacolas de compras para dentro de um táxi e ela lhe retribui com um sorriso.
É amor à primeira vista! Ele tem quase certeza - ela deve ser A garota. Talvez ele só precise encontrá-la para que possa seguir em frente e dar um jeito em sua vida.
Mas como?

O destino!
Ela esqueceu uma máquina descartável com ele e ele resolve revelar o filme. Agora só precisa investigar as fotos, encontrar A garota e ser feliz para sempre ao lado dela.
Nem é um plano tão pretensioso assim. Nem tão impossível.
Ou é?!


O que eu achei do livro:
Ótimo!

A capa é linda! A sinopse bastante intrigante, mas as resenhas eram desanimadoras... por isso, relutei demais para ler esse livro e, confesso, só o fiz agora porque ganhou o último Escolha para a Nanie. Não fosse isso, provavelmente continuaria outros vários meses parado na minha estante antes que eu tomasse coragem para lê-lo.

Primeiramente, quero falar de Jason Priestley (não, não o ator, mas o protagonista de Charlotte Street (não, nunca vou me cansar dessa piada!)). Ele é o responsável por narrar sua própria história e, diga-se de passagem, que narrativa cativante e envolvente! Simplesmente uma delícia a maneira como Danny Wallace conta essa história na voz de seu personagem. É realmente uma leitura leve (e eu havia lido que era lenta, mas devo discordar veementemente - veja bem, veementemente! - é bastante fluida e gostosa), irreverente e muito divertida. Eu ri um bocado com as desventuras de Jason e seu bando de amigos.

Mas estou fugindo do assunto: Jason!
O cara é um pé no saco. Ele só reclama, é capaz de enxergar dois milímetros além do seu umbigo (e isso apenas quando se esforça muito) e tem um talento nato para fazer com que tudo dê extremamente errado. Caraca, eu me pergunto o quanto Danny Wallace teve que se esforçar para criar um personagem tão chato, egoísta e azarado quanto Jason Priestley...
Ao mesmo tempo, entretanto (porque tem que ter um entretanto... sempre tem um entretanto quando um livro é classificado como ótimo e há algo ruim a se dizer sobre ele), é extremamente carismático e cativante. Porque é impossível não gostar de Jason e não torcer (muito!) para que ele consiga finalmente encontrar A garota. Embora, no fundo, eu não achasse que ele fosse conseguir ou que isso fosse, de fato, servir para alguma coisa.

Isso nem ao menos é um ponto negativo do livro... porque o fato dele não ser um cara perfeito e todo certinho é o que há de melhor. Achei super bacana encontrar um personagem que estava perdido na vida aos trinta anos de idade. Claro que na mesma medida isso é extremamente assustador, porque, no fundo, espero já não estar mais perdida quando tiver a idade de Jason (apesar de ser muito legal ler um livro com um personagem perdido, não é tão legal ser uma pessoa perdida).
Enfim, foi muito interessante acompanhar o protagonista tentando juntar os cacos de sua vida (ao mesmo tempo em que deixava alguns cair no chão e se fragmentarem ainda mais). De uma forma bastante atrapalhada, completamente desajeitada e absurdamente verossímil, Jason Priestley conta sua história e encanta o leitor a cada linha narrada.

Honestamente, esperava algo chato, lento, fraco. Encontrei uma coisa totalmente diferente - que me cativou e me fez ler o livro com um sorriso nos lábios. Se você ainda não leu, está perdendo uma história divertida, intrigante, moderna e maluca! Uma trama inesperada, original e muito divertida.

Charlotte Street é uma fatia mágica de pizza do paraíso!
(Por acaso, essa frase não se encaixou tão bem aqui... talvez só dê certo em uma crítica sobre uma pizzaria por motivos que eu sou incapaz de entender. Uma pena, parecia realmente a única coisa certa a se dizer sobre esse livro.)


P.S.: Não tem muito a ver com o livro, mas eu ri! Em determinado momento, diz-se que um certo anúncio tem exatamente 28 palavras e na verdade tem só 23... Acho que isso foi na hora de traduzir e realmente ficaria mais feliz se a tradutora houvesse se utilizado de uma nota de rodapé explicando o acontecido - teria feito mais sentido, mas teria impedido uma gargalhada bem-vinda!
(Ok, no livro o personagem se dá conta logo em seguida que deveria ter 28 palavras e só tem 27, mas ainda assim, não é o mesmo número da tradução!)


P.P.S.: Até que o Danny Wallace é bonitinho, hein? Mas, claro, só se você conseguir ignorar aquele cabelo.
Quem em sã consciência usa aquele cabelo depois dos dez anos de idade?! E para ilustrar um de seus livros? Acho que até mesmo Jason Priestley (e agora tanto faz o ator ou o protagonista do livro) tem um pouco mais de bom senso do que isso...


P.P.P.S.: Eu quero uma câmera descartável! Talvez não necessariamente uma câmera descartável, mas uma com filme de verdade.
Antes, todavia, eu precisaria de um curso de fotografia - ou iria ficar pobre ( com revelação) e sem fotos aproveitáveis.


P.P.P.P.S.: Sim, essa resenha está cheia de parênteses e P.S.'s. E isso é só uma constatação - não um pedido de desculpas.
Daqui a uns seis meses (ou talvez seis dias, se eu for uma pessoa um pouco mais sensata do que acho que sou) eu terei vergonha dela, mas nesse momento acho que está bem legalzinha. Ou não. Mas isso continua não sendo um pedido de desculpas pelo óbvio abuso no uso de parênteses.


Nota: 


 
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