sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Reviravolta, de Michael Connelly

Reviravolta, de Michael Connelly
Suma de Letras - 380 páginas
Um julgamento super importante em que Mickey se vê no lado oposto ao que normalmente ocupa: o lado de promotor.




Título: Reviravolta
Título Original: The Reversal
Editora: Suma de Letras
ISBN: 978-85-8105-117-8
Ano da Edição: 2012
Ano Original de Lançamento: 2010
Nº de Páginas: 380
Comprar Online: Saraiva / Submarino
Outros livros da série:
     - Echo Park


Sinopse:
Há 24 anos, Jason Jessup foi condenado pela morte de uma menina de 12 anos. Mas durante todo o tempo em que passou na cadeia, ele procurou brechas para que pudesse ser considerado inocente.
Agora ele conseguiu encontrar essas brechas e o seu julgamento terá que ser refeito.

Mas ainda existem muitas pessoas convictas da culpa de Jessup.
Michael Haller - mais conhecido como Mickey Haller - é convocado para atuar como promotor independente do caso, embora nunca tenha feito isso na vida. E ele chama seu meio-irmão, Harry Bosch, para ser o investigador responsável.

Eles têm pouco tempo para reunir todas as provas que podem condenar mais uma vez o assassino de crianças.


O que eu achei do livro:
Que livro gostoso de ler!
Meu segundo encontro com Michael Connelly (e Harry Bosch) não poderia ser mais prazeroso. Achei uma delícia acompanhar essa história.

A escrita de Connelly é simples, fluida e deixa a leitura rápida e muito gostosa. As quase quatrocentas páginas de livro são rapidamente devoradas pelo leitor.
A história é contada em primeira pessoa nos capítulos protagonizados por Mickey e em terceira pessoa nos capítulos protagonizados por Bosch. O autor intercala um capítulo do advogado Halley com um do detetive Bosch, de forma que a trama fica ainda mais bacana de acompanhar.

Apesar dos personagens principais já terem aparecido em outros livros (esse é o terceiro com Mickey Haller - oficialmente é um livro da série do advogado - e algo como o 16º de Bosch*), não é necessário ter lidos os demais para compreender esse.
Eu nunca havia lido nada com Mickey Haller e só conhecia Bosch de um único livro que li no passado e mesmo assim pude acompanhar e compreender toda a história (embora eles citem situações que ocorreram em outros livros e com as quais eu não estava familiarizada. Nada que atrapalhasse o desenvolvimento da trama ou o entendimento da mesma por parte do leitor).

Esse livro é muito mais um livro jurídico do que um policial. Eu nunca havia lido nada do tipo e achei muito bom a forma como o autor conduziu o enredo - é empolgante demais!
O mais interessante na história é que o julgamento não é de um crime que acabou de acontecer, mas de um crime que já aconteceu há 24 anos e ainda por cima de um réu que já foi previamente condenado.
Portanto, é muito bacana ver os personagens tendo que se aprofundar no que já foi feito no passado e tentar encontrar novos caminhos ou fatos que passaram despercebidos em evidências coletadas há tanto tempo e sem ter muitas opções de investigação no presente dado o tempo que se passou entre o crime e o julgamento.

A única coisa que me decepcionou um pouco foi o final da história.
Não porque ele tenha sido mal escrito.
Primeiro porque eu não gostei do que aconteceu (mas nem sempre acontece o que queremos, né?!), mas principalmente porque ele ficou meio em aberto - deixando em aberto o que pensei ser a possibilidade de continuar a história em um livro futuro do detetive Bosch. Pelo que vi, entretanto, o autor não aprofundou essa história e não seguiu em frente, já que os outros dois livros do detetive que saíram mais recentemente não tem essa trama como pano de fundo (ao menos, não como a parte principal do enredo).

Apesar de tudo, entretanto, Reviravolta é um livro muito gostoso e cuja leitura vale a pena!
É ao mesmo tempo emocionante e triste acompanhar o julgamento. Isso porque é empolgante ver o quanto essas pessoas lutam para colocar um criminoso atrás das grades, mas ao mesmo tempo várias de suas tentativas são frustradas por motivos fúteis, o que nos faz enxergar o quanto a justiça é manipulável (o livro se passa nos Estados Unidos, portanto estamos falando do sistema judiciário de lá. Entretanto, o sistema judiciário brasileiro é bem semelhante e, assim, sabemos que as manobras de defesa x promotoria também acontecem por aqui).


* Digo que esse livro é algo como o 16º de Bosch porque nem aparece na lista de livros do detetive (oficialmente é um livro da série de Mickey Haller, mas Bosch aparece bastante na história), mas cronologicamente saiu após o 15º livro dele.


Nota: 


 
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