Um Dia, de David NichollsIntrínseca, 411 páginas"Vinte anos. Duas Pessoas. Um Dia."
Título: Um Dia
Título Original: One Day
Autor: David Nicholls
Tradutor: Claudio Carina
Editora: Intrínseca
Ano da Edição: 2011
Ano Original de Lançamento: 2009
Nº de Páginas: 411
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Sinopse:
"Vinte anos. Duas Pessoas. Um Dia."15 de Julho de 1988. Esse é o dia em que Dexter e Emma finalmente se conhecem. E é só o início de um relacionamento não convencional, de amor misturado com amizade, de querer misturado com fingir não querer, de estar junto e separado.
O que eu achei do livro:
Um Dia mexeu comigo de uma forma que nenhum livro ainda havia conseguido mexer, confundindo meus sentimentos, me fazendo pensar e repensar a minha própria vida. Um Dia conseguiu me deixar triste.
David Nicholls escreve muito bem, eu fiquei maravilhada com o estilo de narrativa que o autor adota! Uma narrativa bem descritiva, mas ainda assim muito fluidia e dinâmica, além de elegante. Em vários momentos o autor utilizava descrição de cheiros - e eu adorei isso! Fez com que eu conseguisse me sentir ainda mais inserida na trama.
Antes de ler esse livro eu já havia lido várias resenhas por aí, mas por algum motivo eu ainda não tinha entendido qual era a ideia dessa história. Dexter e Emma não se encontram apenas no dia 15 de Julho (cono eu imaginava), na verdade, eles nem sempre se encontram nesse dia. Mas a história é contada apenas narrando os acontecimentos desse dia durante vinte anos. É magnífico acompanhar a história dessa maneira. Ter que ir descobrindo aos pouquinhos tudo o que aconteceu durante o ano que se passou entre o capítulo anterior e o que está sendo lido e ainda ter que conviver com todas as dúvidas que não são esclarecidas, afinal de contas não acompanhamos toda a vida dos personagens, apenas um dia dessa vida em cada ano. Achei extremamente original esse jeito de contar a história, que me agradou muito.
Ter lido outras opiniões antes também fez com que minhas expectativas quanto a essa história se tornassem bem altas. Confesso que acabei me decepcionando um pouquinho. Primeiro porque o final não me agradou mesmo - gosto de finais bem resolvidos e esse livro não segue exatamente esse estilo. Mas o que mais influenciou foi o fato de que os personagens não conseguiram me agradar, principalmente Dexter. São muito bem construídos e bastante realistas, mas não o tipo de pessoa que consegue me cativar. Dexter foi odioso o livro inteiro, não consegui gostar dele em nenhum momento - e isso acabou sendo bastante prejudicial para que o livro fosse ainda melhor para mim.
E quanto a Emma? A Emma também me deu raiva em alguns momentos... mas em tantos pontos eu me identificava com ela, que essa identificação, mesmo que parcial, fez com que eu me sentisse mais ligada à personagem.
"Na maior parte do tempo se sente como uma personagem de um romance de Muriel Spark - independente, aficionada por livros, inteligente e secretamente romântica."A frase acima quase poderia ser usada para me descrever... quase. Mas é sobre Emma.
Acompanhar o crescimento de Emma através dos anos, suas dúvidas, receios e conquistas, me fez refletir muito. Fiquei pensando na minha própria vida e nos caminhos que estou seguindo, nas minhas dúvidas, nas derrotas e nas poucas conquistas. Definitivamente esse livro me deixou em depressão, de tanto pensar.
Um Dia é realmente um livro maravilhoso e uma leitura muito agradável. Entretanto, não é tudo isso que pintam por aí, principalmente porque Dexter é "dexterstável".
PS: Ai, que piadinha infame. Mas não resisti e vou deixá-la aí mesmo.
PS2: A Karolyne me lembrou de algo que eu queria mencionar, mas acabei esquecendo. Eu ainda não vi o filme, mas enquanto lia o livro imaginava a Emma como se fosse a Anne Hathaway e o Dexter como o autor do livro (cuja foto aparece na orelha). Maluquice isso, né?!
Nota:
Dificuldade de Leitura:
