segunda-feira, 23 de maio de 2011

( En) Contador de histórias, por Renata Holanda



“O percurso do contador é vasto, o bom contador é aquele que nasceu guiado por um infinita capacidade de doação”.
Joana Cavalcanti

Ser contadora de histórias é um sonho e uma realização. Sinto que em meu corpo, uma pulsação diferente ao contar, (en)cantar com as narrativas vividas.Os olhos que brilham no olhar das crianças, a vida transformada, que (trans)forma a trajetória do ato de contar. Como se aprende a contar? Contando e amando as histórias.

As histórias nos revelam os jogos das culturas populares, como parlendas, travalínguas e o universo infantojuvenil que vai se desvendando, num texto com musicalidade, com a rítmica envolvente. As contações proporcionam e nos fazem recordar o brincar, as invenções, o trabalho de criação e imaginação. Numa pragmática leitura podemos consultar, ver e redescobrir o texto tanto pelas ilustrações, quanto pela perspectiva narrativa do texto.
Os contos e recontos populares que resgatam os encantos dos continentes e suas ancestralidades, resgate histórico de vida e formação dos sujeitos.
A oralidade, que vai sendo tecida pelo contador e contadora de histórias e desperta o lúdico das histórias infantis, juvenis e adultas. Este encontro possibilita, tal como na imagem do cartaz, construir a colcha de retalhos, que é a participação, olhar e reflexão de cada um de nós.
O encanto das histórias são marcados pela poeticidade presente nos textos. Contar e encantar histórias sobre os diversos temas são marcados nas produções literárias o alcance social, musical, enfim, a multiculturalidade que é a significação da confluência de tantas culturas, mesclas desde a colonização,e  agora, a teia digital.possibilita-nos desenvolver histórias, sentados aos pés de um Baobá... que representam tanta força,  assim é e será.. Vida, Canto, Encantar, Viva  África, Maracatu, crianças, adultos.
A história contada torna-se encantada, pois traz a simplicidade e a riqueza da criação por intermédio da voz. Através da combinação das palavras e da  interação com a musicalidade, estes elementos são capazes de articular e encantar as pessoas. Enfatizo que para cada pessoa e ambiente de contação, é preciso criar o ritmo próprio para contar uma história.
Lewis Carrol diz que “contar histórias é dar um presente de amor”, através da combinação das palavras e da interação com a musicalidade, estes elementos são capazes de articular e encantar as pessoas, a história é um dom que vai sempre trabalhado pela voz. Enfatizo que para cada pessoa e ambiente de contação, é preciso criar o ritmo próprio para contar uma história.
A humanidade precisa das histórias e descobrir os caminhos possíveis de se reinventar, construir a história. Como cita Sorsy e Avelar ( 2009), “ ouvidos atentos, corações abertos, pensamentos quietos, O contador – capitão do barco- solta as amarras do cais para ganhar o mar aberto” ( 2009, p. 134).
Nós, como capitães deste mar de histórias que nos convidam a serem espalhadas pelo mundo, somos co-autores desta proposta de vier, sentir, amar e iniciar o mundo do Era uma vez..., Naquele tempo..., Num lugar muito estranho..., e possibilitar inúmeros caminhos para que possamos viver no real, e perceber que o imaginário existe, e está ao alcance de todos, basta  o cativar, desvendando o portal da ludicidade das histórias maravilhosas.


Sobre a Renata Holanda: Assessora Pedagógica em Língua Portuguesa, tecida pela literatura infanto-juvenil. É uma contadora de histórias maravilhosa e mantém um blog lindo - o Tecer Girassóis. Blog: Tecer Girassóis.
Pedra Escolhida: Olho de Tigre.


Renata, adorei o seu texto! Ele ficou encantador! Dá vontade de contar histórias para as crianças!
É um prazer ter esse post maravilhoso no aniversário do blog!
 
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