“O percurso do contador é vasto, o bom contador é aquele que nasceu guiado por um infinita capacidade de doação”.
Joana Cavalcanti
As histórias nos revelam os jogos das culturas populares, como parlendas, travalínguas e o universo infantojuvenil que vai se desvendando, num texto com musicalidade, com a rítmica envolvente. As contações proporcionam e nos fazem recordar o brincar, as invenções, o trabalho de criação e imaginação. Numa pragmática leitura podemos consultar, ver e redescobrir o texto tanto pelas ilustrações, quanto pela perspectiva narrativa do texto.
Os contos e recontos populares que resgatam os encantos dos continentes e suas ancestralidades, resgate histórico de vida e formação dos sujeitos.
A oralidade, que vai sendo tecida pelo contador e contadora de histórias e desperta o lúdico das histórias infantis, juvenis e adultas. Este encontro possibilita, tal como na imagem do cartaz, construir a colcha de retalhos, que é a participação, olhar e reflexão de cada um de nós.
A história contada torna-se encantada, pois traz a simplicidade e a riqueza da criação por intermédio da voz. Através da combinação das palavras e da interação com a musicalidade, estes elementos são capazes de articular e encantar as pessoas. Enfatizo que para cada pessoa e ambiente de contação, é preciso criar o ritmo próprio para contar uma história.
Lewis Carrol diz que “contar histórias é dar um presente de amor”, através da combinação das palavras e da interação com a musicalidade, estes elementos são capazes de articular e encantar as pessoas, a história é um dom que vai sempre trabalhado pela voz. Enfatizo que para cada pessoa e ambiente de contação, é preciso criar o ritmo próprio para contar uma história.
A humanidade precisa das histórias e descobrir os caminhos possíveis de se reinventar, construir a história. Como cita Sorsy e Avelar ( 2009), “ ouvidos atentos, corações abertos, pensamentos quietos, O contador – capitão do barco- solta as amarras do cais para ganhar o mar aberto” ( 2009, p. 134).
Nós, como capitães deste mar de histórias que nos convidam a serem espalhadas pelo mundo, somos co-autores desta proposta de vier, sentir, amar e iniciar o mundo do Era uma vez..., Naquele tempo..., Num lugar muito estranho..., e possibilitar inúmeros caminhos para que possamos viver no real, e perceber que o imaginário existe, e está ao alcance de todos, basta o cativar, desvendando o portal da ludicidade das histórias maravilhosas.
Sobre a Renata Holanda: Assessora Pedagógica em Língua Portuguesa, tecida pela literatura infanto-juvenil. É uma contadora de histórias maravilhosa e mantém um blog lindo - o Tecer Girassóis. Blog: Tecer Girassóis.
Pedra Escolhida: Olho de Tigre.
Renata, adorei o seu texto! Ele ficou encantador! Dá vontade de contar histórias para as crianças!
É um prazer ter esse post maravilhoso no aniversário do blog!