O Diário da Princesa, de Meg CabotGalera - 284 páginas

Título: O Diário da Princesa
Título Original: The Princess Diaries
Autor: Meg Cabot
Tradutor: Ruy Jungmann
Editora: Galera Record
Ano da Edição: 2010
Ano Original de Lançamento: 2000
Nº de Páginas: 284
Série: O Diário da Princesa - Vol. 1
Comprar Online: Saraiva / Submarino
Sinopse:
Mia Thermopolis, que é como ela prefere ser chamada, não pode ser considerada uma garota normal. Ela não tem muitos amigos nas escola, não faz parte do grupo dos populares e está com sérios problemas em álgebra (ou talvez justamente por tudo isso ela possa ser considerada uma garota normal). Para ela seu maior problema é não ter seios (o que faz sentido, já que ela já tem quatorze anos), mas para sua mãe seu maior problema é que ela reprime seus sentimentos. E é por isso que Mia ganha um diário - onde passa a escrever todos os seus sentimentos e a narrar tudo o que acontece no seu dia a dia.
E assim, essa seria mais uma história sobre uma adolescente que não se encaixa em seu meio escolar.
Só que as coisas mudam drasticamente quando Mia descobre que seu pai não pode mais ter filhos. Aliás, na verdade as coisas não mudam quando ela descobre isso. Mas é que quando o pai dela descobre que não pode mais ter filhos, fica-se decidido que não dá mais para esconder da adolescente quem ela realmente é: Amelia Mignonette Grimaldi Thermopolis Renaldo, a princesa herdeira do principado de Genóvia.
O que eu achei do livro:
Vou começar esta resenha dizendo que eu não esperava grande coisa desta história, principalmente pelo fato dela ter sido escrita por Meg Cabot.
Eu vi o filme protagonizado por Anne Hathaway e Julie Andrews e devo dizer que adorei. Mas também já havia lido Sorte ou Azar?, que conseguiu me deixar traumatizada com Meg Cabot (ok, estou sendo um pouco dramática. A história não é ótima, mas também não é horrível).
A escrita de Meg Cabot ainda deixa (e muito) a desejar, mas dessa vez dá para entender - afinal de contas o livro é o diário da protagonista, Mia, que é apenas uma garota de 14 anos.
Voltando à escrita da autora - é bem simples (às vezes simplista demais) e fluidia - leva o leitor a devorar as páginas do livro muito rapidamente. Além disso, as referências à cultura popular dão um toque especial à obra - aproximando o leitor da protagonista. Algumas coisas já estão um pouco ultrapassadas, como a internet discada de Michael, irmão da melhor amiga de Mia. Chega a ser engraçado ler que o telefone da casa dele fica ocupado porque o menino está na internet. Como os tempos mudam rapidamente. Eu sei que hoje em dia muita gente ainda usa internet discada, mas Michael é um menino rico.
Mia é bastante imatura para 14 anos. Ela é birrenta e muito chatinha. Mas ao mesmo tempo consegue ser bastante divertida! É uma personagem que conseguiu me cativar. E acho que o mais legal é ver que Mia, ao descobrir ser uma princesa, simplesmente pira. Ela não fica maravilhada - pensando em tudo de bom que vai acontecer por ela ser uma princesa (como acho que a maioria das meninas iria reagir), ela começa a pensar em todas as obrigações e complicações de ser princesa (bom, talvez, e só talvez, ela não seja tão imatura assim) - e é hilário acompanhar os pensamentos dessa adolescente. Entretanto, ainda acho que poderia ser bem melhor se ela tivesse 12 anos.
O final do livro deixa muita coisa em aberto para ser tratada nos próximos volumes, mas ainda assim consegue dar uma finalização decente à história. Só me incomodou um pouco o fato de dar tudo certo demais. Ok, é um livro infanto-juvenil (quase que mais puxado para infantil) e por isso eu vou dar um desconto.
A capa do livro (a da edição de 2010) é uma gracinha, mas é extremamente rosa. Cheguei até a comentar ontem no twitter que fiquei com vergonha de estar lendo um livro com essa capa rosa-shock-berra-oi-eu-sou-uma-perua no meio do banco. Acho que está tudo bem se você tem entre dez e quinze anos, mas quando você já tem vinte e três chega a ser constrangedor. Ao vivo o rosa não é tão clarinho como pode parecer na imagem acima. O meu exemplar (não sei se está assim em todos os exemplares dessa edição ou se dei azar) está com algumas páginas borradas e outras falhadas, o que é triste. Dá para ler, mas é irritante.
No final das contas, talvez por causa da minha baixa espectativa quanto a esse livro, eu gostei muito de O Diário da Princesa. Foi uma leitura leve e muito agradável, que conseguiu arrancar algumas boas risadas de mim. Ansiosamente aguardo a leitura dos próximos livros, que espero serem tão bons quanto esse primeiro.
Nota:
Dificuldade de Leitura: