quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Alice no País dos Espelhos, de Lewis Carroll



Título: Alice no País dos Espelhos
Título Original: Through the Looking-Glass and What Alice Found There
Autor: Lewis Carroll
Tradutor: Pepita de Leão
Editora: Martin Claret
Ano da Edição: 2007
Ano Original de Lançamento: 1872
Nº de Páginas: 177
Comprar Online: Saraiva / Submarino


Sobre o livro:
Alice é uma garota com muita imaginação. Então não é nenhuma novidade que uma tarde trancada dentro de uma sala parecesse à ela algo extremamente entediante. Ainda bem que sua mente não a deixaria na mão - apenas por ver suas três gatinhas brincando, e brigando, entre si, já começa a pensar as coisas mais malucas.
O que, afinal de contas, haveria do outro lado do espelho?
Com certeza um mundo onde tudo seria ao contrário, o que mais seria?
E, assim, Alice decide se aproximar do espelho - para tentar espiar um pouco mais da sala do outro lado. Até que ela cai lá dentro - no mundo através do espelho.
"Oh, que divertido vai ser, quando me virem aqui do outro lado do espelho, e não puderem me agarrar!"

O que eu achei do livro:
Primeiramente queria deixar aqui o meu desagrado quanto ao título... custava se ater ao original? Várias versões brasileiras utilizam a adaptação "Alice no País dos Espelhos" para essa obra - para ligá-la ao outro livro no qual Alice é protagonista. Entretanto, prefiro a outra tradução "Através do espelho e o que Alice encontrou por lá" - que é muito mais fiel ao título original.
Enfim, nesse caso específico, o título não torna o livro menos agradável. Aliás, acho que quase nada o tornaria. Lewis Carroll tem uma escrita deliciosa, que de simples não tem nada. Apesar de não utilizar palavras rebuscadas (na maior parte de seu texto), ele as utiliza de forma inusitada: constrói frases que estão gramaticalmente corretas, mas que, ainda assim, não fazem o menos sentido! E isso torna a leitura do livro super agradável! E não é só isso, ele ainda utiliza a ingenuidade de sua protagonista, ainda uma menina de pouco mais de sete anos, para brincar com política, sociedade, psicologia e outros aspectos do ser humano. Realmente ler Carroll é viajar pelas loucuras com as quais convivemos (e nas quais pouco pensamos) diariamente!
Alice é uma personagem mais do que cativante. Apesar da pouca idade, não lhe falta curiosidade, muito menos perspicácia - não há o que tire essa menina do sério!
"Quando emprego uma palavra [...], ela  quer dizer exatamente o que eu quero que diga; nem mais nem menos."
E para quem curte as versões cinematográficas, fica o aviso: os filmes, em suma maioria, são baseados nos dois livros (Alice no País das Maravilhas e Alice no País dos Espelhos), embora a maior parte seja normalmente do primeiro livro. Ainda assim, não espere encontrar as flores que cantam ou os gêmeos malucos a não ser nesse livro!
E, antes de terminar a resenha, gostaria de ressaltar que adoro a ideia do xadrez nesse livro (enquanto no outro era, primordialmente, jogo de cartas)! Bem que eu gostaria que Lewis tivesse escrito outros tantos livros com Alice - leria-os todos!
"- Não serve de nada fazer isso - disse Alice rindo -; a gente não pode acreditar em coisas impossíveis.
- É porque você não tem bastante prática... Quando eu tinha a sua idade, fazia isso diariamente, durante meia hora. E muitas vezes cheguei a acreditar em nada menos de seis coisas impossíveis, antes do café da manhã."
Confesso que há clássicos complicados, difíceis, até mesmo que não me agradam muito... Mas Alice não faz parte de nenhum desses grupos. Mesmo que o leia sem um olhar crítico (e já aviso que se fizer isso estará perdendo muita coisa!), conseguirá se encantar com as aventuras dessa menina Alice!

Nota: 








Dificuldade de Leitura: 


 
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